Starbucks enfrenta greve em centenas de lojas nos EUA, nesta quinta-feira (16)
O sindicato que representa milhares de trabalhadores da Starbucks nos Estados Unidos está organizando uma greve em um dos dias mais movimentados do ano para a rede de café.
A ação ocorre em meio a uma briga acirrada entre a Starbucks e o sindicato Starbucks Workers United, que começou a organizar os trabalhadores da empresa em 2021.
Os dois lados estão brigando por questões salariais, horários e outras questões. Cerca de 200 lojas deverão ser afetadas pela paralisação no dia 16 de novembro.
O protesto é o segundo a coincidir com o dia do Red Cup (Copo Vermelho) da Starbucks, quando a empresa distribui copos reutilizáveis com tema natalino.
Em alguns locais, a paralisação está prevista para durar apenas algumas horas, enquanto, em outros, a loja deverá fechar durante a maior parte do dia.
O sindicato disse que a ação visa chamar a atenção para a recusa da Starbucks em negociar contratos de forma justa com as lojas sindicalizadas.
Os membros também protestam contra as condições de trabalho, incluindo quantidade inadequada de profissionais em dias promocionais.
“Estamos celebrando este Red Cup Day em resposta à falta de funcionários, especialmente durante os novos dias promocionais”, disse Caitlin Power, barista em Gardner, Massachusetts, em um comunicado.
“Isso nos deixa sobrecarregados e os clientes com longos tempos de espera. Estamos prontos para ver a Starbucks na mesa de negociações com boa fé para que possamos resolver essas questões”.
A Starbucks, que opera cerca de 10 mil lojas nos Estados Unidos, disse que não espera grandes interrupções.
A rede informa que gastou centenas de milhões de dólares em novos equipamentos, treinamento e salários mais altos e culpou o sindicato pelos atrasos nas negociações, citando acordos bem-sucedidos em diversas lojas no Canadá.
“A Starbucks continua pronta para avançar nas negociações presenciais com os sindicatos certificados para representar os parceiros”, afirmou a empresa em um comunicado à imprensa.
Desde 2021, trabalhadores de ao menos 350 das cerca de 10 mil lojas da empresa nos Estados Unidos votaram pela adesão ao sindicato.
A Starbucks se opôs veementemente à campanha.
Os membros do sindicato dizem que o país se arrasta na mesa de negociações e chegou ao ponto de demitir trabalhadores e fechar lojas num esforço para travar o movimento.
Juízes de direito administrativo nos Estados Unidos concluíram que a empresa violou repetidamente as leis trabalhistas.
A Starbucks, que normalmente recorre das decisões, negou qualquer irregularidade.
Em 2022, o ex-chefe da Starbucks Howard Schultz foi obrigado a comparecer no Congresso para responder às reivindicações do sindicato.
A campanha sindical na Starbucks tem sido acompanhada de perto e é considerada responsável por ajudar a estimular os trabalhadores de outras empresas.
DiárioPB com g1 MUNDO