Solo, duo, trio e quarteto de cordas perpassam épocas da música clássica em quatro concertos

duoNo penúltimo dia do III Festival Internacional de Música Clássica de João Pessoa apresentará, nesta sexta-feira (4), seu concerto de abertura, às 14h30, no Mosteiro de São Bento, será um trio de violino-viola-violoncelo para tocar obras de Luigi Boccherini, Schubert e Beethoven. A entrada é gratuita.

O violinista Alexander Mandl (Brasil/EUA) se unirá ao violista Emerson de Biaggi (Brasil) e ao cellista Matias de Oliveira Pinto (Brasil/Alemanha) para tocar o “Trio para cordas em Ré maior op. 14 n° 4”, de L. Boccherini (1743-1805), e o “Trio para cordas em Si bemol op. 471”, uma das primeiras obras compostas por Franz Schubert (1797-1828), aos 19 anos.

Assim como os outros trabalhos instrumentais do compositor, a peça é incompleta; contém apenas dois movimentos, com um desenvolvimento simples e contundente, que demonstra a admiração do austríaco pelos grandes mestres vienenses da época. Para fechar, eles tocarão a “Serenata em Ré maior op. 8”, de Beethoven (1770-1827).

Igreja Baptista, 16h – Neste concerto, a estrela que brilhará solitária é a do violonista paulista Cláudio Faga. O instrumentista tocará “Variazioni attraverso i secoli, op. 71”, de Mario Castelnuovo-Tedesco, “Cavatina”, do polonês Alexandre Tansman, e “Variações e fuga sobre ‘Folias de Espanha’”, de Manuel Maria Ponce.

Faga foi premiado em vários concursos de música, como o Internacional de Violão César Cortinas (Uruguai, 2010), de Violão doConcerto_MosteiroSãoBento_ (69) Masp Henrique Pinto (2011) e de Violão do CMVL Fito (2010). Participou de importantes festivais de música, destacando-se o Internacional de Inverno de Campos do Jordão, o Internacional de Música Eduardo Fabini (Uruguai) e o de Violão de Culiacán (México), entre outros. Também integrou o Quarteto Brasileiro de Violões em 2012, um dos grupos mais importantes do gênero no cenário internacional.

Igreja do Carmo, 18h – O duo que se apresenta neste concerto tem afinidade há 17 anos. Trata-se dos gêmeos japoneses Takehiro (viola) e Mayu Konoe (violino). Juntos, eles vão tocar o “Duo em Sol maior KV. 423 W”, de Mozart (1756-1791), um tipo de formação raramente apresentada em salas de concerto.

A “Sonata para violino solo em Sol menor”, de Bach, é um arranjo de seis peças para violino-solo, sendo composto de três sonatas em quatro movimentos e três partitas, ou suítes de danças. O conjunto foi completado por volta de 1720, mas só publicado em 1802, por Nicolaus Simrock. Mesmo após isso, foi amplamente ignorado até que o célebre violinista Josef Joachim começou a tocá-lo.

Atualmente, as Sonatas e Partitas são uma parte essencial do repertório para violino, e frequentemente executadas e gravadas, demonstrando os predicados da sonoridade do violino. Muitas das peças serviram como um modelo para as gerações posteriores de compositores.

Em seguida, os irmãos tocarão o “Duo para violino e viola em Mi menor op.13”, do alemão Louis Spohr, e finalizam com a “Passacaglia para violino e viola”, de Haendel.

Igreja São Francisco, 20h – O último concerto desta sexta vai trazer um quarteto de cordas com os violinistas Joris Van Rijn (Holanda) e Masha Iakovleva (Rússia), o violista Frank Brakkee (Holanda) e o cellista Michael Müller (Alemanha).

No programa, o “Quarteto para cordas em Ré menor n°14, D 810 F”, de Franz Schubert, conhecido popularmente como “A Morte e a Donzela”, uma importante obra de música de câmara. Composta em 1824, dois anos depois de ter descoberto que contraíra sífilis, é considerada uma mensagem de despedida consciente do autor. Só foi publicada em 1831, três anos após a sua morte.

Concertos – O III Festival Internacional de Música Clássica termina neste sábado (5), cumprindo uma agenda de 23 concertos no total, circulando pelas principais igrejas históricas, mais um catálogo de bandas, grupos camerísticos e sinfônicos em diferentes formações. Quinze solistas de seis países diferentes (Brasil, EUA, Holanda, Alemanha, Israel e Japão) participam. O evento, uma realização da Prefeitura de João Pessoa, por meio da sua Fundação Cultural (Funjope) e patrocinado pelo BNDES, com entrada gratuita.

Secom/JP

Redação DiárioPB

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