Sinfônica Jovem aposta na diversidade no 6º concerto oficial
A Orquestra Sinfônica Jovem da Paraíba apresenta um programa rico e diversificado no 6º concerto oficial da Temporada 2015. No repertório, há uma valsa, o concerto para violino concedido à Orquestra Jovem para a estreia da solista Ana Carolina Petrus; música francesa inspirada na inocência da infância e um Danzon mexicano. Trata-se de um verdadeiro convite à dança em pleno concerto. A regência é do maestro Luiz Carlos Durier, titular da OSJPB. A apresentação acontece nesta quinta-feira (15), às 20h30, na Sala de Concertos Maestro José Siqueira, no Espaço Cultural. A entrada é gratuita.
O concerto abre com a “Valsa N° 2”, de Dmitri Shostakovich, que fez parte da “Suíte Jazz n°2”, escrita para a recém-fundada “State Jazz Orchestra”, de Victor Knushevvtsky. A partitura original foi perdida na Segunda Guerra Mundial e graças a uma versão para piano encontrada em 1999 por Manashir Yakubov é ouvida e celebrada por todos. Essa música ganhou muitas orquestrações em todo o mundo devido a sua positiva e bem-humorada melodia. A Jovem apresenta a orquestração realizada pelo brasileiro Rogério Vieira.
O “Concerto para Violino e Orquestra de Cordas, Op. 40”, do compositor gaúcho Dimitri Cervo, faz parte da Série Brasil 2010. O bom gosto e a beleza foram organizados com muito estilo para divertir o solista, a orquestra, e principalmente, o público ouvinte, que será capaz de exercitar a memória, com lembranças da nossa música, assim como, da música barroca. Esta obra é um exemplo de que o pós-modernismo pode produzir música acessível e de grande beleza.
A “Suíte Dolly, Op. 56”, do francês Gabriel Fauré, foi inspirada em Hélène Baudac, filha de uma cantora que lhe causou grande fascinação e admiração quando esta brincava em seu jardim. A música é escrita originalmente para piano a quatro mãos, que ganhou uma versão orquestral pelas mãos de Henri Rabaud. Uma canção de ninar doce e angelical inicia a suíte. “Mi-a-ou” é uma valsa viva e enérgica. No terceiro apresenta uma canção apaixonada e reverencia o Ano Novo de 1895. O quarto número retrata em tempo de valsa as brincadeiras com o cãozinho Kitty. A emoção e paixão invadem o quinto movimento intitulado Tendresse. A suíte termina com uma incursão pela Espanha e suas atrações exóticas e musicais.
Danzon tem um significado muito grande para os mexicanos. Sua origem está na Habanera, por isso tem relação muito próxima do Tango. O “Danzon n. 2”, de Arturo Marquez, de sensualidade latente, teve sua estreia em 1994 e desde então se tomou um grande sucesso e por isso é apreciada em todo o mundo. A composição é construída sobre um tema enunciado pelo clarinete e se irrompe por toda a orquestra.
“O trabalho da Jovem é formar músicos jovens, dando a estes a oportunidade de aprender tocando e interagindo com o público. A escolha do repertório é importante para que todos tenham a máxima experiência em estilo e gênero e, com isso, desfrutar do grande aprendizado que levará para a vida profissional a paixão e seriedade que o trabalho musical necessita”, disse Durier.
Secom/PB