BRASIL

Sindicato do Banco Central estuda ação judicial contra desinformação sobre o Pix

SINAL denuncia campanha coordenada que ataca a credibilidade do BC e de seus servidores, reforçando riscos à população e à estabilidade financeira

O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (SINAL) anunciou que estuda acionar judicialmente autoridades, influenciadores e plataformas de redes sociais que disseminam desinformação sobre o Pix, o Banco Central e seus servidores. Em nota divulgada nesta semana, a entidade denunciou uma campanha orquestrada para minar a credibilidade da instituição e dos produtos desenvolvidos por seus profissionais.

O SINAL alerta que a desinformação sobre produtos financeiros representa um risco real para a população, levando milhões de pessoas a tomarem decisões equivocadas. “A difusão de mentiras sobre o Pix e o Banco Central não é apenas irresponsável, mas também perigosa, pois pode gerar pânico e enfraquecer um sistema que beneficia a economia do país”, afirmou o sindicato. A entidade também critica o uso desse tipo de discurso por autoridades públicas para alimentar narrativas políticas, o que compromete a confiança na instituição e na estabilidade do sistema financeiro.

Criado em 2020, o Pix se consolidou como o principal meio de pagamento do país, superando cartões de crédito e boletos bancários, além de promover a inclusão financeira de milhões de brasileiros. No entanto, seu sucesso tem sido alvo de desinformação, especialmente propagada por figuras da extrema-direita e setores econômicos insatisfeitos com a digitalização bancária. Um dos principais focos da campanha de fake news é a alegação de que o Pix poderia ser transformado em um sistema de rastreamento e controle estatal caso as transações passassem a ser monitoradas pela Receita Federal. Apesar da falta de qualquer indício concreto de que essa medida esteja em curso, o discurso alarmista tem sido utilizado para semear desconfiança entre os usuários do sistema.

Desde o início de 2025, redes bolsonaristas intensificaram ataques ao Pix, explorando temores sobre suposta vigilância estatal. Figuras alinhadas a Jair Bolsonaro propagaram a tese de que transações feitas pelo sistema poderiam ser usadas para um controle mais rígido da Receita Federal sobre cidadãos comuns e pequenos empreendedores. O argumento, no entanto, ignora que qualquer movimentação bancária no Brasil já está sujeita a regras de fiscalização determinadas por leis anteriores ao Pix. Além disso, o Banco Central reforça que o sistema não armazena informações detalhadas sobre os usuários e que as transações seguem os mesmos padrões de privacidade de qualquer outra movimentação financeira no país.

Diante desse cenário, o SINAL afirmou que não descarta a adoção de medidas legais contra os responsáveis pela propagação de fake news e que acionará órgãos competentes para garantir a responsabilização dos envolvidos. A entidade defende que a sociedade tenha acesso a informações precisas e que o debate público seja pautado por fatos, não por distorções mal-intencionadas.

A guerra de desinformação contra o Pix e o Banco Central reforça um padrão já observado em outros momentos, quando narrativas falsas foram utilizadas para desacreditar políticas públicas e instituições. Enquanto isso, o meio de pagamento instantâneo segue em expansão, sendo utilizado por mais de 80% da população adulta no Brasil e ganhando reconhecimento internacional como um dos sistemas mais inovadores do mundo.

Com Brasil 247

Redação DiárioPB

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