Secretaria vacina nas escolas até o dia 5 de abril crianças e adolescentes contra o HPV
Para que a criança e/ou adolescente receba a dose da vacina HPV quadrivalente na escola, é necessário que os pais ou responsável assinem o termo de autorização, entregue previamente, além de estar portando o Cartão de Vacinação. “Essa é uma campanha para intensificar a imunização desse público alvo contra o vírus do HPV e facilitar a vida dos pais que acabam não conseguindo levar seus filhos pra tomar vacina nas unidades de saúde. Por isso, estamos levando as vacinas até as escolas”, explica Fernando Virgolino, chefe da Seção de Imunização da SMS.
Fernando Virgolino destaca que além da vacinação nas escolas até o dia 5 de abril, a vacina HPV quadrivalente é ofertada durante todo o ano nas salas de vacina espalhadas por toda a cidade. “Para que essa campanha de intensificação tenha sucesso é extremamente importante a colaboração dos pais e responsáveis, seja assinando o documento de autorização da vacina na escola ou levando o filho até uma Unidade de Saúde para que a criança ou o adolescente seja imunizado”.
O calendário da vacina nas escolas está sendo definido de acordo com o cronograma escolar e das equipes de Saúde da Família responsáveis pelo território.
Esquema vacinal – Meninos e meninas devem tomar duas doses da vacina HPV, com intervalo de seis meses entre elas. Para os meninos, a estratégia tem como objetivo proteger contra os cânceres de pênis, garganta e ânus, doenças que estão diretamente relacionadas ao HPV. Os cânceres de garganta e de boca são o 6º tipo de câncer no mundo, com 400 mil casos ao ano e 230 mil mortes. Além disso, mais de 90% dos casos de câncer anal e orofaringe são atribuíveis à infecção pelo HPV.
Nas meninas, o principal foco da vacinação é proteger contra o câncer de colo do útero, vulva, vaginal e anal; lesões pré-cancerosas; verrugas genitais e infecções causadas pelo vírus.
Vírus – O papilomavírus humano, o HPV, possui diversos subtipos capazes de infectar a pele ou as mucosas do trato ano-genital e que podem ocasionar o câncer de colo de útero, o terceiro tumor mais frequente na população feminina – atrás do câncer de mama e do colorretal – e a quarta principal causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.
A infecção pelo HPV é muito frequente, mas transitória, regredindo espontaneamente na maioria das vezes. Nos casos em que a infecção persiste, a causa é um tipo viral oncogênico, ou seja, com potencial para causar câncer. O vírus pode ocasionar lesões precursoras que, se não forem identificadas e tratadas, podem progredir para o câncer, principalmente no colo do útero, mas também na vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca.
Transmissão – O HPV é transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. A vacina confere proteção contra quatro subtipos do vírus HPV (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia para quem segue corretamente o esquema vacinal.
O uso do preservativo masculino ou feminino nas relações sexuais é outra importante forma de prevenção do HPV. Contudo, seu uso, apesar de prevenir a maioria das infecções sexualmente transmissíveis, não impede totalmente a infecção pelo HPV, pois frequentemente as lesões estão presentes em áreas não protegidas pela camisinha (vulva, região pubiana, perineal ou bolsa escrotal). A camisinha feminina, que cobre também a vulva, evita mais eficazmente o contágio se utilizada desde o início da relação sexual.
Secom-JP