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Ricardo Coutinho condena comemorações ao golpe de 1964: “Ditadura nunca mais”

O ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) se manifestou nesta quinta-feira (28), através das redes sociais, sobre a comemoração ao golpe de 1964, estimulada pelo presidente Jair Bolsonaro e confirmada pelo Exército Brasileiro.

Ricardo postou um texto do poeta paraibano Alex Polari sobre o assassinato do militante Stuart Angel. Stuart foi morto durante o período da Ditadura Militar Brasileira, e Alex sobreviveu à tortura.

“Ao invés de determinar comemorações pelo Golpe Militar, o Brasil deveria fazer ler neste 31 de março os poemas de Alex Polari nos quartéis país afora. Para que essa nova geração de soldados aprendesse o que de fato aconteceu naquele período e que nunca mais se repetisse. #ditaduranuncamais”, postou o governador.


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“Eles costuraram tua boca com o silêncio e trespassaram teu corpo com uma corrente. Eles te arrastaram em um carro e te encheram de gases, eles cobriram teus gritos com chacotas. Um vento gelado soprava lá fora e os gemidos tinham a cadência dos passos dos sentinelas no pátio. Nele, os sentimentos não tinham eco nele, as baionetas eram de aço nele, os sentimentos e as baionetas se calaram. Um sentido totalmente diferente de existir se descobre ali, naquela sala. Um sentido totalmente diferente de morrer se morre ali, naquela vala. Eles queimaram nossa carne com os fios e ligaram nosso destino à mesma eletricidade. Igualmente vimos nossos rostos invertidos e eu testemunhei quando levaram teu corpo envolto em um tapete. Então houve o percurso sem volta houve a chuva que não molhou a noite que não era escura o tempo que não era tempo o amor que não era mais amor a coisa que não era mais coisa nenhuma. Entregue a perplexidades como estas, meus cabelos foram se embranquecendo e os dias foram se passando.” Texto do poeta paraibano Alex Polari sobre o assassinato do militante Stuart Angel, que ele testemunhou nas masmorras da ditadura militar brasileira. Assim como Stuart Angel, Alex foi brutalmente torturado. Felizmente, sobreviveu. E transformou suas dores em poesia, reunidas no livro Inventário de Cicatrizes. Ao invés de determinar comemorações pelo Golpe Militar, o Brasil deveria fazer ler neste 31 de março os poemas de Alex Polari nos quartéis país afora. Para que essa nova geração de soldados aprendesse o que de fato aconteceu naquele período e que nunca mais se repetisse. #ditaduranuncamais

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Com informações do WScom

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Redação DiárioPB

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