Record do Paraná cria medida absurda para censurar jornalistas nas eleições e sindicato entra em ação
Emissora foi acusada pelo Sindijor-PR (Sindicato de Jornalistas Profissionais do Paraná) de coagir seus funcionários
A RIC TV, afiliada da Record no Paraná e parceira no rádio da Jovem Pan no mesmo Estado, foi acusada pelo Sindijor-PR (Sindicato de Jornalistas Profissionais do Paraná) de coagir e impedir que jornalistas do grupo trabalhem com cores que lembrem o ex-presidente e candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como vermelho e bordô. “É um atentado às liberdades individuais dos jornalistas”, diz o sindicato. A reportagem é do portal Notícias da TV.
A mesma orientação não acontece com cores de outros candidatos, segundo a organização. Em nota oficial sobre o assunto, a RIC TV diz que “a orientação é para cores neutras”. Além de vermelho, a emissora diz que também foram proibidos o verde e o amarelo, referentes a cores da bandeira do Brasil e que são usadas pela campanha do candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).
“A RIC TV, uma empresa do Grupo RIC, esclarece que a diretriz informada à apresentadores e repórteres busca a neutralidade e não desvirtuar ou dar margens para narrativas paralelas, focando apenas na informação apurada e checada. Todos os nossos repórteres e apresentadores receberam direcionamento para apresentarem os blocos sobre a corrida eleitoral com cores neutras”, diz a empresa.
Para o sindicato, a posição de proibir vermelho é uma indicação de que o grupo apoia a reeleição de Bolsonaro. O Notícias da TV ouviu duas fontes que confirmaram que existe a orientação para se evitar vermelho no ar e nos bastidores. No entanto, na apuração da coluna, as fontes ouvidas disseram desconhecer a orientação a evitar também verde e amarelo.