“Querem me silenciar porque defendo os direitos humanos”, diz Roger Waters
Músico criticou a submissão da Argentina ao lobby sionista
O músico britânico Roger Waters enfrenta desafios em sua atual turnê pela América do Sul, intitulada “This is Not A Drill”. Ele foi forçado a alterar seus planos de hospedagem devido a um boicote do lobby israelense, que resultou na recusa de vários hotéis em Buenos Aires e em Montevidéu. A situação levou Waters a basear-se em São Paulo, onde expressou sua indignação em uma entrevista exclusiva ao Página 12. “Querem me silenciar porque defendo os direitos humanos”, disse ele.
Na entrevista, Waters detalhou a recusa de sua reserva em hotéis, destacando mensagens do Comitê Israelense no Uruguai que acusavam o músico de misoginia, xenofobia e antissemitismo. Ele refutou veementemente essas alegações, enfatizando que tais acusações visam silenciá-lo devido às suas posições políticas e defesa dos direitos humanos.
O músico relacionou o boicote a uma campanha baseada em “mentiras maliciosas” promovidas pelo lobby israelense. Waters reiterou seu engajamento político, condenando o que ele chamou de genocídio em curso do povo palestino. Ele apelou à comunidade internacional para interromper a violência em Gaza e expressou otimismo em relação aos shows em Buenos Aires, apesar das adversidades.
Waters concluiu a entrevista reafirmando seu compromisso com os direitos humanos e criticando a aceitação aparente das ações do lobby israelense por parte de alguns setores na Argentina. Ele enfatizou a importância de manter o foco na crise humanitária em Gaza, em vez de se deixar distrair por ataques pessoais dirigidos a ele.
DiarioPB com Brasil 247
