Quando o Paysandu calou La Bombonera
Em jogo válido pela Libertadores de 2003, Papão foi à Argentina e bateu o Boca de Tevez e Burdisso por 1 a 0
O futebol é mesmo a caixa de pandora dos esportes, espera-se que saia qualquer coisa de lá. No fatídico ano de 2003, quando foi campeão da extinta Copa dos Campeões, a equipe paraense conseguiu uma vaga no grupo 2 da competição internacional conhecida ainda como Copa Toyota Libertadores. O grupo era composto também pelo Cerro Porteño (PAR), Universidad Catolica (CHI) e Sporting Cristal (PER).
Após empate com o Cerro e vitórias sobre os outros dois do grupo, o Paysandu conseguiu a classificação para disputar as oitavas de final. Sendo o primeiro do seu grupo pelo ótimo desempenho, enfrentaria uma equipe que ficou em segundo lugar de outro grupo. Como o Boca Juniors não conseguiu ficar em primeiro no grupo 7, acabou fechando o confronto contra os nortistas brasileiros.
O primeiro jogo foi em Buenos Aires, capital Argentina, precisamente no estádio Alberto José Armando, popularmente conhecido como LA BOMBONERA. A equipe da casa escalou figurões como Ibarra, Burdisso, Abbondanzieri, Tevez e companhia. Riquelme acabara de ser transferido ao Barcelona, desfalcava o time dessa vez na Liberta, mas o problema estava com eles.
Do lado alvo e celeste, Robgol e Iarley estavam confirmadíssimos na partida histórica e a confiança sempre em dia. Três expulsões no jogo, Robgol sendo uma delas, dois vermelhos para o Papão e um pro Boca. Sobrou para Iarley se firmar o herói daquele filme. O gol foi dele mesmo.
Certo que no jogo da volta, o Boca ganhou por 4×2; certo que naquele ano, o Boca também foi campeão do torneio. Mas também é certo que o Paysandu surpreendeu a argentina, fez chover silêncio em Buenos Aires e anotou o Norte nas páginas do futebol internacional para toda a história. Viva o Leão, o Papão e todos os gigantes de vossa região!
Por Emanuel Reis