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Putin diz que EUA têm condições de instalar novo míssil de cruzeiro na Europa

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira que agora os Estados Unidos estão em condição de instalar um novo míssil de cruzeiro terrestre na Romênia e na Polônia, uma situação que considera uma ameaça à qual o governo russo precisará reagir.

Na segunda-feira, o Pentágono disse que testou um míssil de cruzeiro de configuração convencional que atingiu seu alvo depois de um voo de mais de 500 quilômetros, seu primeiro teste do tipo desde o fim de um pacto nuclear histórico neste mês.

O teste ocorreu depois de os EUA se retirarem formalmente do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) dos tempos da Guerra Fria em 2 de agosto após acusarem Moscou de violá-lo, uma alegação rejeitada pelo Kremlin.

Putin, que falou durante uma visita a Helsinque, disse que Washington agora pode, em tese, usar sistemas de lançamento existentes na Romênia e na Polônia para lançar o novo míssil, o que significa que pode mobilizá-lo fácil e rapidamente se quiser.

“Lançamentos deste míssil podem ser realizados de sistemas já localizados na Romênia e na Polônia. Tudo que você precisa fazer é mudar o software. E não acho que nossos parceiros norte-americanos informarão nem a União Europeia sobre isso. Isso implica novas ameaças para nós às quais precisamos reagir”, disse Putin.

O teste teria sido proibido pelo INF, que vetava mísseis terrestres com alcance entre 500 e 5.500 quilômetros, reduzindo a capacidade dos dois países de lançar um ataque nuclear sem aviso prévio.

Os EUA disseram não ter planos iminentes de instalar novos mísseis terrestres na Europa.

Putin falou com os repórteres depois de conversar com seu colega finlandês, Sauli Niinistö.

O líder russo aproveitou uma coletiva de imprensa conjunta para defender a reação das autoridades a uma série de protestos políticos em Moscou e para garantir que um acidente em uma instalação de testes militares no norte da Rússia ocorrido neste mês não representa nenhuma ameaça a países vizinhos ou às pessoas que moram nas redondezas.

Agência Reuters

Redação DiárioPB

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