Promotor encarregado de casos de narcotráfico e corrupção é assassinado a tiros no Equador
César Suárez foi morto a tiros enquanto estava a bordo de um carro branco na Avenida del Bombero, Norte de Guayaquil
Télam – Desconhecidos assassinaram na tarde desta quarta-feira (17) o promotor de Guayas, César Suárez, que estava encarregado de várias causas contra o narcotráfico no Equador e também da que foi aberta com a invasão de criminosos ao canal público de televisão de Guayaquil ocorrida na terça-feira da semana passada, informaram meios de comunicação equatorianos.
Suárez também estava encarregado do caso contra Daniel Salcedo, um fugitivo da justiça equatoriana acusado em casos de corrupção e ligado ao narcotráfico, que foi detido ontem no Panamá.
“O crime ocorre um dia após a detenção de Daniel Salcedo no Panamá, envolvido em casos de corrupção hospitalar. Segundo informações preliminares, Suárez estava se dirigindo da polícia judiciária para a unidade de justiça do Albán Borja, para uma audiência”, publicou esta tarde o jornal de Quito Primicias em seu site.
O meio lembrou que “Suárez, nascido em Paján (Manabí), teve um papel decisivo em casos-chave de corrupção, como a investigação por delinquência organizada que envolve os irmãos Salcedo Bonilla”.
Fabiola Gallardo, juíza da Sala Penal da Corte Provincial de Justiça do Guayas, confirmou em sua conta no X o ataque contra Suárez: “Os atentados contra nossos companheiros judiciais continuam. O assassinato do promotor César Suárez não pode ficar impune. Minha solidariedade com a família e com os colegas promotores”, transcreveu o jornal El Universo.
Primicias apontou que “em um caso recente, em janeiro de 2023, Suárez vinculou quatro pessoas em um processo por suposto peculato no hospital Teodoro Maldonado Carbo do IESS em Guayaquil”.
“Ele também esteve encarregado da investigação do golpe nos fundos do Instituto de Segurança Social da Polícia (Isspol). Precisamente, o coronel da Polícia, Renato González, reagiu perante a morte do fiscal. ‘Total rejeição, indignação e impotência diante do vil assassinato do doutor César Suárez’, expressou González”.
Suárez foi morto a tiros enquanto estava a bordo de um carro branco na Avenida del Bombero, Norte de Guayaquil, reportaram fontes policiais.
A ocupação dos estúdios da TV Pública do Equador em Guayaquil ocorreu na terça-feira da semana passada e foi protagonizada por mais de uma dezena de narcotraficantes da gangue Los Choneros, cujo líder, Adolfo Macías Villamar, conhecido como Fito, havia fugido horas antes de uma prisão de segurança máxima, no momento em que o governo de Daniel Noboa havia decidido implementar políticas rígidas contra os grupos que operam no narcotráfico nas prisões.
O episódio durou várias horas e, pelo menos no início, foi transmitido ao vivo pela televisão. Finalmente, as forças de segurança conseguiram reduzir os assaltantes e evitar que os trabalhadores da emissora sofressem danos físicos.