INTERNACIONAL

Presidente Lula confirma negociação por assento permanente para o Brasil no Conselho de Segurança da ONU

O presidente Lula (PT), na edição desta terça-feira (22) do “Conversa com o Presidente”, confirmou que o governo brasileiro está em negociação com a Rússia e a China visando um apoio deste dois países para a entrada permanente do Brasil no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). >>> Brasil quer da China apoio para assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.

O governo brasileiro, em troca, pretende apoiar a entrada de novos países no BRICS, mas quer critérios claros para isso, destacou Lula. “O Brasil reivindica que vários países possam entrar no Conselho de Segurança da ONU como membros permanentes. O BRICS tem cinco países e só um é membro permanente do Conselho, que é a China – e a Rússia, é verdade. Então é preciso que a gente convença a Rússia e a China que o Brasil, a África do Sul e a Índia possam entrar no Conselho de Segurança. Esse é um debate que vamos discutir”.

“Para a gente possibilitar a entrada de novos países [no BRICS], a gente tem que limitar uma certa coisa que todo mundo concorde, porque se não tiver um grau de compromisso com os países que entram no BRICS vira uma Torre de Babel. Então a gente está construindo isso. Penso que desse encontro aqui deve sair uma coisa muito importante sobre a entrada de novos países. Eu sou favorável à entrada de vários países e a gente vai se tornar forte”, complementou. >>> Para Amorim, amplo interesse na reunião do BRICS é sinal de “afirmação global” do bloco.

O presidente ainda negou que o BRICS queira ser um contraponto ao G7 e ao G20. “A gente não quer ser contraponto ao G7, ao G20, aos Estados Unidos. A gente quer é se organizar, quer criar uma coisa que nunca teve, que nunca existiu. O Sul Global, nós sempre fomos tratados como se fossemos a parte pobre do planeta, como se nós não existíssemos, como se fossemos de segunda categoria. E de repente a gente está percebendo que a gente pode se transformar em países importantes, e todos esses países são importantes. Se você falar da questão climática, quem é que tem força hoje para negociar? É o Sul Global, são os países da parte de baixo do globo terrestre. Se você falar de materiais, de minérios, você vai perceber que é o Sul Global que tem. Se você quiser falar e possibilidade de desenvolvimento, de crescimento, é o Sul Global. Então estamos apenas dizendo ‘nós existimos, estamos nos organizando e queremos sentar em uma mesa de negociação em igualdade de condições com a União Europeia, com os Estados Unidos e com os outros países’. O que a gente quer é criar novos mecanismos que tornem o mundo mais igual do ponto de vista das decisões políticas. Vou repetir a questão do Conselho de Segurança da ONU, os membros permanentes: por que o Brasil não pode entrar? Quem é que disse que são os mesmos países que foram colocados lá em 1945 que continuem lá? O mundo mudou, a polícia mudou e nós queremos essa mudança. Os BRICS significam isso. OS BRICS não significam tirar nada de ninguém, significa uma organização de um polo muito forte, que congrega muita gente”.

DiárioPB com BRASIL 247

Redação DiárioPB

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