Presidente da Argentina pede explicações aos militares sobre desaparecimento de submarino
O presidente da Argentina, Mauricio Macri, cobrou explicações do comando militar sobre o submarino ARA San Juan, que desapareceu no Atlântico Sul, segundo informou o jornal “La Nación”. Nesta quarta-feira (22), dia em que completam sete dias do último contato da embarcação, há sinais de um crescente pessimismo.
Preocupado com a falta de novidades, o presidente argentino reuniu-se com o ministro da Defesa, Oscar Aguad, na tarde de terça, e pediu aos responsáveis pelas buscas que “utilizem todos os meios disponíveis para localizá-lo”, segundo relato do porta-voz militar, o capitão Enrique Balbi.
De acordo com a Marinha argentina, 4 mil pessoas estão envolvidas nas operações que mobilizam navios, aviões argentinos e de sete países, entre eles, os Estados Unidos.
Na terça-feira, a Marinha reconheceu que as buscas entraram em um estado crítico.”Estamos no 6º dia e cada vez que entramos em um estágio mais crítico”, disse na terça-feira o capitão Enrique Balbi, reconhecendo as dificuldades para o submarino renovar seu oxigênio se estiver, como se acredita, submerso.
A Marinha da Argentina afirma que a embarcação, com 44 tripulantes a bordo, possui capacidade para armazenar oxigênio e se manter submerso por sete dias no total, segundo informações da agência alemã Deutsche Welle. Nesta quarta, a Marinha deve fazer um novo pronunciamento.
Ainda na noite de terça, circulou uma informação de que um objeto foi encontrado a 300 km da costa e a cerca de 70 metros de profundidade, ainda segundo o “La Nación”. No entanto, a Casa Rosada e Marinha não confirmaram se tratava do submarino desaparecido.
O ARA San Juan manteve contato com a base pela última vez na manhã de quarta-feira (15), quando estava no sul do Mar Argentino, a 432 km da costa patagônica do país. Gabriel Galeazzi, um comandante naval, disse aos repórteres que o submarino veio à tona e comunicou um problema elétrico antes de sumir.
Segundo relato do “La Nación” o problema teria sido provocado pela entrada de água no momento em que seria usado o sistema usado pelo submarino para subir até a superfície, conhecido como snorkel.
A imprensa argentina definiu os esforços de busca do submarino como “sem precedentes” no país. De acordo com o jornal argentino “Clarín”, quatro embarcações submergíveis pertencentes à Marina dos EUA, pilotadas por controle remoto, foram colocadas em ação.
A Fragata Rademaker, pertencente à Marinha do Brasil, também foi deslocada para as buscas na Patagônia, segundo o Ministério da Defesa argentino.
Nesta terça, as condições climáticas melhoraram em relação aos dias anteriores na área de busca. Os meteorologistas esperavam ondas de cerca de 2 metros na região, muito inferiores às de 8 metros registradas no final de semana.
G1