ECONOMIA

Prates fica no cargo e diz que agora quem fala sobre dividendos é Alexandre Silveira

Após reunião com presidente Lula e com ministros, presidente da Petrobras afirmou que o tema sensível passa para o Ministério de Minas e Energia

Após um encontro com o presidente Lula e ministros, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, reafirmou sua permanência no cargo, destacando que a questão de sua substituição não foi abordada durante a reunião. Em resposta a questionamentos sobre sua continuidade, Prates assegurou que não há problemas nesse sentido. O encontro, que se estendeu por mais de três horas, contou com a participação dos ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir a decisão da estatal de não distribuir dividendos extras aos acionistas.

Quanto à polêmica dos dividendos, Prates optou por se esquivar, afirmando que não pretende mais abordar o assunto e deixando a responsabilidade de tratá-lo ao ministro Alexandre Silveira. “Eu prometi lá que não vou mais falar sobre esse assunto. Quanto mais eu falo, mais inventam moda. Então quem vai falar sobre esse assunto é o ministro (Alexandre) Silveira”, disse ele, em entrevista ao Globo.

A decisão de reter os dividendos tem sido alvo de controvérsia, com a ala liderada pelo ministro Alexandre Silveira defendendo a manutenção desse recurso em um fundo de reserva. O governo detém a maioria no Conselho de Administração da empresa, com seis dos onze conselheiros. Lula arbitrou que a empresa não pagaria dividendos extras, apoiando a posição de Silveira, que conta com o respaldo do ministro da Casa Civil, Rui Costa. Esta ala do governo argumenta que a retenção preserva o fluxo de caixa da Petrobras, sem abrir mão do compromisso futuro de pagamento de dividendos, possibilitando uma revisão da decisão posteriormente. Por outro lado, Prates defende que a não distribuição dos dividendos extras poderia afetar o valor de mercado da Petrobras, afirmando que não há riscos em realizar esses pagamentos.

Diante de mais um embate com o ministro Alexandre Silveira e a Casa Civil, o presidente da Petrobras tem buscado apoio junto ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em meio à complexa situação política e econômica que envolve a empresa.

Brasil 247

Redação DiárioPB

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