Porta-bandeira histórica da Portela denuncia abordagem racista em loja de aeroporto de Brasília
Vilma Nascimento, 85 anos, vítima de abordagem discriminatória, descreveu o episódio ocorrido após ser homenageada no Congresso Nacional
A icônica porta-bandeira da Portela, Vilma Nascimento, de 85 anos, conhecida como Cisne da Passarela, relatou uma experiência de abordagem racista por parte da segurança de uma loja no aeroporto de Brasília, apenas três dias após receber homenagem no Congresso Nacional, destaca o jornal Extra.
Em um vídeo compartilhado pela deputada federal do PSOL, Talíria Petrone, Vilma Nascimento expressou sua surpresa diante do ocorrido. Ela foi acusada pela segurança da loja de ter roubado um objeto do estabelecimento, o que a deixou profundamente consternada: “Nunca pensei, na minha vida, passar por isso”, reiterou Vilma.
O neto da porta-bandeira, Bernard Nascimento, detalhou a situação, mencionando que a segurança solicitou a abertura da bolsa para uma revista, alegando suspeitas. Após resistência inicial, Vilma acabou cedendo à abordagem da funcionária da loja, esvaziando sua bolsa para ser revistada. Posteriormente, constatou-se que não havia qualquer objeto ilícito em posse dela.O episódio aconteceu em um momento próximo ao horário de embarque do voo, levando-os a deixar a loja e seguir para a aeronave. A chegada ao Rio de Janeiro foi marcada por sentimentos de indignação e tristeza, como relatado por Bernard Nascimento.Vilma, reconhecida por sua trajetória no carnaval como porta-bandeira da Portela, já aposentada das passarelas desde 1982, continua próxima ao universo do samba, mantendo-se presente nos eventos carnavalescos. Sua recente experiência de discriminação contrasta com a homenagem que recebeu, reforçando a necessidade de combate ao preconceito racial em todos os âmbitos da sociedade.
Brasil 247