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Polícia vai investigar grupo que assume atentado ao Porta dos Fundos e se autodenomina ‘Integralista’

A Polícia Civil investiga o envolvimento de um grupo organizado no ataque à sede do “Porta dos Fundos”, na madrugada do sábado. A principal pista é um vídeo que circulou nas redes sociais, no qual um homem, cercado de outras duas pessoas, todos encapuzados, reivindica a autoria da ação. A gravação exibe imagens do suposto ataque com coquetéis molotov praticado por três pessoas. Essas imagens coincidem com a gravação feita pela câmara do prédio do Porta, no Humaitá, que mostra a mesma ação captada por um ângulo oposto.

O secretário estadual de Polícia Civil, Marcos Vinícius Braga, vai receber hoje, pela manhã, os atores do “Porta dos Fundos”. O grupo reforçará no encontro as suspeitas sobre o vídeo apócrifo, no qual o um homem com capuz acusa os atores de depreciar a imagem de Jesus Cristo no especial de Natal do grupo de humoristas.

No vídeo, integrantes do grupo que se autodenominam “Comando Insurgência Popular Nacionalista da Grande Família Integralista Brasileira” aparecem mascarados e leem um manifesto enquanto imagens do ataque com coquetéis molotov sã exibidos.

Conforme EXTRA antecipou nesta quarta-feira, um vídeo gravado por uma câmera de segurança identifica a placa da caminhonete onde estavam parte dos criminosos que atacaram o prédio da produtora responsável pela criação dos vídeo do grupo Porta dos Fundos, no Humaitá, com dois coquetéis-molotov, no sábado por volta das 4h. Seriam três suspeitos e um deles estaria com o rosto descoberto, o que facilitaria a identificação. Um dos homens estava numa moto, e fugiu na contramão da Rua Capitão Salomão, onde fica a empresa. O material será entregue nesta quinta-feira à polícia.

Agentes da 10ª DP (Botafogo), que investigam o caso, também vão buscar outras imagens na região. Ao todo, há seis câmeras que apontam para a entrada do prédio. Ainda esta semana, testemunhas do ataque serão ouvidas, como o segurança do prédio que conseguiu apagar o fogo. Na madrugada em que aconteceu o crime, o local estava movimentado: havia uma comemoração de fim de ano de garçons e funcionários dos restaurantes da região num bar ao lado da produtora, que aconteceu até às 3h.

Nesta quarta-feira (25), Fabio Porchat afirmou em entrevista ao EXTRA que o atentado teve motivação homofóbica. Para ele, “a homofobia é nítida”, uma vez que o ataque ocorreu após o Porta dos Fundos retratar Jesus Cristo como gay no “Especial de Natal Porta dos Fundos: A primeira tentação de cristo”, no ar na Netflix desde 3 de dezembro. Porchat comentou, em sua conta no Twitter, que o episódio não vai intimidá-lo. “Não vão nos calar. Nunca! É preciso estar atento e forte”.

De acordo com a assessoria de imprensa do Porta dos Fundos, dois coquetéis-molotov foram lançados contra a fachada do imóvel. O ataque aconteceu às 4 horas da manhã e o caso foi registrado como crime de explosão na 10ª DP (Botafogo).

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Redação DiárioPB

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