Pode o Holocausto ser perdoado?, pergunta NYT, com base em fala de Bolsonaro
Com sua viagem de quatro dias a Israel, o presidente Jair Bolsonaro foi capaz de insultar árabes e muçulmanos, decepcionar evangélicos – ao não anunciar a embaixada em Jerusalém – e provocar a ira do próprio país de destino, apesar de sua forte aliança com o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, que acaba de ser reeleito.
Durante a viagem, Bolsonaro disse que o nazismo foi um movimento de esquerda, repetindo as palavras de seu chanceler, Ernesto Araújo, e sendo corrigido pelo Museu do Holocausto. Já no Brasil, na última semana, num encontro com evangélicos, declarou que o Holocausto pode ser perdoado, mas nunca esquecido, despertando reação do presidente de Israel, Reuven Rivlin.
Em um texto publicado neste sábado 13, o New York Times noticiou a crítica, num título que pergunta: “Pode o Holocausto ser perdoado?”. “Bolsonaro diz que sim, provocando a ira de Israel”, completa o jornal de maior repercussão no mundo.
“O presidente Reuven Rivlin, de Israel, e o memorial do Holocausto, Yad Vashem, de Israel, criticaram o líder brasileiro de direita, que já vem sendo criticado por suas controversas declarações sobre outros assuntos. ‘Nunca vamos perdoar e nunca esquecer’, disse Rivlin no Twitter. Sem mencionar o nome de Bolsonaro, ele continuou com uma mensagem claramente dirigida a ele”, continua o texto, assinado por Megan Specia.
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