POLÍCIA FEDERAL

PF investiga vazamento de operações e mira prefeito de Palmas em nova fase da Operação Sisamnes

Polícia Federal apura acesso antecipado a ações sigilosas e eventual favorecimento a preso. Buscas autorizadas por Zanin atingem Eduardo Siqueira Campos

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (30) mais uma etapa da Operação Sisamnes, voltada ao combate de um esquema nacional de venda de sentenças judiciais e vazamento de informações sigilosas. Segundo o g1, o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), é um dos alvos das buscas realizadas na capital do Tocantins.

De acordo com a reportagem, os policiais federais cumprem mandados em três endereços ligados a suspeitos na cidade. A participação do prefeito no suposto esquema ainda não foi detalhada pelas autoridades.

As diligências foram autorizadas pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF). As apurações desta nova fase concentram-se em suspeitas de que os alvos “teriam tido acesso antecipado a detalhes de operações policiais, comprometendo a eficácia das medidas judiciais que seriam implementadas”, conforme comunicado oficial da PF.

A operação também visa esclarecer possíveis privilégios indevidos concedidos a um dos investigados que já se encontra preso em razão da mesma investigação. Um advogado de Brasília, suspeito de repassar dados sigilosos a investigados, também é alvo das investigações desta etapa.

Esta é a nona fase da Operação Sisamnes, que já expôs indícios de manipulação de decisões no Tribunal de Justiça de Mato Grosso e no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Esquema de espionagem e extermínio – Dois dias antes, na quarta-feira (28), a Polícia Federal havia prendido cinco pessoas apontadas como integrantes de um grupo que realizava espionagem e homicídios sob encomenda. As detenções também ocorreram no âmbito da Sisamnes.

Entre os materiais apreendidos com o grupo, os agentes federais encontraram planilhas com valores estabelecidos para a vigilância ilegal de autoridades, incluindo parlamentares, membros do Judiciário e integrantes do Executivo. A PF ainda investiga se os serviços chegaram, de fato, a ser contratados e realizados.

A Operação Sisamnes, cujo nome faz referência a um juiz persa da Antiguidade que foi punido por corrupção, segue revelando o alcance e a complexidade de uma rede criminosa com ramificações nos três Poderes da República.

Com Brasil 247

Redação DiárioPB

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