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Pesquisas desenvolvidas na UEPB traçam estratégias para enfrentamento de problemas na área de Saúde

problemas na área de SaúdeUm dos principais gargalos para o desenvolvimento dos municípios paraibanos, a área de Saúde tem sido objeto de estudo da maioria das pesquisas desenvolvidas na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Como várias cidades do Estado enfrentam questões graves, que vão de acometimento de arboviroses até doenças mais complexas que contribuem para o baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o progresso da investigação acadêmica tem contribuído para encontrar estratégias e enfrentar as deficiências desses cenários.

Um desses exemplos é o projeto “Modelagem espacial no mapeamento de doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti no Estado da Paraíba”, vinculado ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), que tem utilizado a técnica de análise espacial para dados de área para obter informações sobre as variáveis que influenciam o aparecimento dos casos de Dengue em toda a Paraíba. Coordenado pelo professor Ricardo Alves de Olinda, do curso de Estatística do Câmpus I, o projeto colhe dados, os interpreta e aponta as variáveis relacionadas ao aparecimento da doença.

“Nós recebemos os dados da Secretaria de Saúde do Estado da Paraíba entre os anos de 2010 a 2016 e aplicamos a metodologia de análise espacial para dados de área. Com ela identificamos todas as variáveis que apontam para o crescimento ou diminuição dos casos provocados pelo Aedes. Como avaliamos todos os 223 municípios paraibanos, levamos em conta o período chuvoso de cada região, seca, altas temperaturas e outras características comportamentais dessas localidades”, explica o professor.

De acordo com Ricardo Olinda, os resultados desse projeto apontaram para a sazonalidade no que diz respeito à incidência dos casos de Dengue. “Os números quantitativos variam de ano para ano. Se em um determinado período o índice de infestação é alto, no ano seguinte há uma diminuição. Isso nos leva a estudar os enfrentamentos desse problema como estratégias de investimento em saneamento básico, melhor acesso à água e outras vertentes. A pesquisa existe para observar as variáveis e indicar as políticas que precisam ser desenvolvidas para melhorar o cenário”, acrescenta o coordenador do projeto, que conta com o auxílio do aluno bolsista PIBIC, Arthur Oliveira Costa.

Outra pesquisa que também tem atuação na área da Saúde, mas que está inserida nos conceitos da Agroecologia é a “Avaliação estrutural de plantas medicinais da família Lamiaceae provenientes de cultivos orgânico e convencional”. O projeto, que também faz parte dos investimentos da UEPB em Iniciação Científica, estuda seis plantas muito comuns que são usadas como poderosos medicamentos para seres consumidos por humanos e também por animais domésticos e selvagens.

Objetos de estudo, o Alecrim, o Manjericão, a Erva Cidreira, o Boldo Brasileiro e a Hortelã da folha miúda e da folha grossa, quando cultivados de forma errada, com uso de agrotóxicos, podem causar males à saúde. É o que explica a professora do curso de Agroecologia do Câmpus de Lagoa Seca, Camila Firmino, afirmando que tal iniciativa influencia negativamente a estrutura dos vegetais, afetando a estrutura dos órgãos das folhas atacando diretamente a qualidade das plantas.

“Esse estudo é muito importante porque descobrimos que os agricultores chegam a utilizar agrotóxicos nessas plantas, e isso não pode. A molécula química contamina a planta e compromete o tecido dela, diminuindo a eficácia do seu tratamento. Essas seis plantas são de uma família muito consumida em todo o Brasil, por isso precisamos fazer essa discussão com os agricultores, sobretudo no que diz respeito ao uso indiscriminado dos agrotóxicos”, destaca a pesquisadora.

Como essas ervas são utilizadas como medicamentos fitoterápicos em muitas regiões do país, e principalmente na Paraíba, a professora aponta a necessidade de ter uma atenção especial para que as pessoas não acabem consumindo algo pensando que seja um remédio, mas que na verdade está causando um problema ainda maior para a sua saúde. “Realizamos a avaliação da estrutura dessas plantas e identificamos problemas. Nosso projeto é inovador, por utilizar conceitos de Botânica Aplicada, por isso queremos avançar na pesquisa para fazer com que os agricultores, principalmente os familiares, não coloquem veneno no remédio que está cultivando”, relata a professora, que conta com o apoio das alunas bolsistas de PIBIC, Ana Carolina Bezerra e Luana da Silva Barbosa.

A pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da UEPB, professora Maria José Lima, exemplifica a atuação de pesquisas como essas para apontar o caminho de contribuição e desenvolvimento que a Instituição tem trilhado. “A UPEB vem apoiando pesquisa através de projetos e de publicações de docentes. E essas pesquisas contribuem muito para o progresso da sociedade paraibana, abordando problemas comuns no Estado. A Universidade está antenada nessa área e aberta para trabalhar em diferentes frentes de conhecimento”, afirma.

Assessoria

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