Pesquisa aponta que 70% dos caminhoneiros devem parar no dia 14 de junho
Fundação Perseu Abramo (FPA) produziu, por meio da Rede Nacional de Pesquisadores Associados (RNPA), uma pesquisa de opinião com caminhoneiros para medir o comprometimento da categoria com o movimento de paralisação chamado para dia 14 de junho. De acordo com o levantamento, 70% dos condutores vão aderir à Greve Geral.
A pesquisa foi realizada entre os dias 2 e 18 de maio, com 648 motoristas, sendo 6 mulheres. Do total de entrevistas, 49,7% foram com condutores de empresas, 42,6% autônomos, 4,7% cooperativados e 3% empregadores.
Adesões
Na última terça-feira (4), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), que representa 700 mil caminhoneiros associados aos sindicatos filiados à entidade, aprovou a adesão à Greve Geral. A Associação Brasileira dos Caminhoneiros divulgou, em seu site, uma campanha de consulta à categoria para decidir sobre a adesão, ou não, ao movimento que pretende paralisar o país no dia 14 de junho.
Wanderley Dedeco, uma das lideranças forjadas nos grupos de Whatsapp, aplicativo de conversa online onde se orquestrou a paralisação da categoria, em maio de 2018, criticou a CNTTL e disse que é contrário ao movimento de greve.
“Não haverá paralisação, isso é coisa de gente irresponsável no meio de uma negociação que o governo tem cumprido sua parte, esse anúncio é coisa de pessoas que são contra o crescimento do Brasil e do presidente, mas garanto não haverá paralisação”, afirmou Dedeco.
A pesquisa
A FPA também perguntou aos caminhoneiros se eles são a favor de uma nova paralisação da categoria, como aconteceu em maio de 2018. Se declararam contrários 20%. Outros 71% são a favor e 9% não souberam opinar.
Para 34,6% dos caminhoneiros, o governo de Jair Bolsonaro é ótimo ou bom. Outros 33,9% consideram ruim ou péssimo.
Os condutores também responderam sobre os meios que utilizam para se informar a respeito de assuntos do interesse da categoria. O Whatsapp é a plataforma eleita por 35,8% dos motoristas e, para 17,2%, é a TV.
Brasil de Fato