Partidos de oposição a Lira vão ao STF contestar 1º ato de novo presidente da Câmara
247 – O novo presidente da Câmara ignorou a formação do bloco de dez partidos que apoiou Baleia Rossi (MDB-SP). Além de eleger o presidente, os deputados iriam definir a composição da Mesa Diretora. Na prática, a decisão de Lira permite que cinco das seis principais vagas na Mesa Diretora fiquem com parlamentares do seu grupo. Apenas o PT manteria um assento.
Partidos de oposição ao novo presidente vão contestar a decisão no STF. O anúncio foi feito após reunião da qual participaram também Baleia Rossi e o agora ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ), informa O Estado de S.Paulo.
A formação dos blocos é importante porque é com base no tamanho de cada um que é definida a distribuição dos demais cargos na Mesa Diretora. Pelos blocos autorizados por Maia, caberia ao PT, dono da maior bancada na Casa, com 54 deputados, a Primeira-Secretaria, responsável por gerir contratos e autorizar obras. O partido já havia indicado a deputada Marília Arraes (PE) para a função.
O depuado Alessandro Molon (PSB-RJ), disse que o ato de Lira foi “autoritário, antiregimental e ilegal”. De acordo com o deputado carioca, se Lira continuar assim, a governabilidade da Câmara ficará comprometida.
O movimento terá a assinatura dos dez partidos que integravam o bloco pró-Baleia Rossi e a eles se juntará o PSOL.