Partido conservador de Rajoy ganha eleições na Espanha
O conservador Partido Popular, o mesmo do chefe de governo Mariano Rajoy, venceu as eleições legislativas deste domingo (26) na Espanha com 32,68% dos votos.
No entanto os resultados apontam para uma grande fragmentação entre os quatro maiores partidos, como ocorreu em dezembro, indicando uma complicada rodada de negociações a partir de segunda-feira (27) para formação do novo governo.
Na Espanha, são necessárias 176 cadeiras no Parlamento para ter maioria absoluta. Nenhum partido alcançou tal número.
O PP obteve 137 dos 350 assentos do Parlamento, 14 a mais que nas eleições de dezembro.
“Reivindicamos o direito de governar justamente porque ganhamos as eleições”, disse Rajoy da sede de seu partido em Madri, onde uma multidão carregava bandeiras azuis, a cor do partido, gritando “Campeões, campeões!”.
Os socialistas do PSOE ficaram em 2º lugar, com 85 cadeiras, à frente da coligação Unidos Podemos, que ficou com 71.
Os grandes perdedores são os liberais do Ciudadanos, o outro partido emergente, que passaram dos 40 deputados eleitos em dezembro para 32.
“Espero que façam melhor desta vez e sejam capazes de deixar de egoísmo e formar um governo”, disse à AFP Justina Zamora, aposentada de 65 anos, após votar nos socialistas na província da Catalunha.
Os eleitores espanhóis voltaram às urnas para repetir as eleições legislativas de dezembro após o resultado da última votação impedir a formação de um governo com maioria no Parlamento.
Depois de três décadas alternando-se no poder, o PP e o Partido Socialista Espanhol Operário Espanhol (PSOE) se viram enfraquecidos nas legislativas de dezembro. O surgimento do partido de esquerda Podemos e o do de centro-direita Ciudadanos desenhou um novo cenário político no qual os pactos pós-eleitorais são essenciais.
Nova eleição
As legislativas de dezembro resultaram em um Parlamento muito fragmentado e provocaram o fim do bipartidarismo, com a entrada em cena de dois novos partidos, Podemos e Ciudadanos, que fizeram campanha com temas como o combate à corrupção e críticas à austeridade.
Liderado pelo carismático Pablo Iglesias, cientista político de 37 anos, e com o lema da mudança e da esperança, o Podemos, que nasceu em grande parte do movimento dos indignados, teve uma rápida ascensão.
Os dois partidos, ao lado do conservador Partido Popular (PP) e dos socialistas do PSOE, não conseguiram formar alianças após meses de negociações, o que obrigou a nova eleição convocada para este domingo.
G1