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Paraíba tem segunda menor ocupação de leitos de UTI Covid do país, afirma imprensa nacional

A Folha de São Paulo divulgou, nesta sexta-feira (6), uma matéria na qual a Paraíba é apontada como o segundo estado com menor ocupação de leitos de UTI por pacientes acometidos de covid-19, com 30% do total destes leitos preenchidos.  Em todo estado, já foi vacinada 64,44% da população acima de 18 anos com pelo menos uma dose. A expectativa é concluir a aplicação da D1 neste grupo até o final do mês de setembro.

A matéria lembrou ainda que a Paraíba registrou uma redução de 50% no total de internações e óbitos por covid-19 nos últimos dois meses. O município de Piancó apareceu como destaque, com uma queda de 80% na ocupação de UTI e 70% de enfermarias no Hospital Wenceslau Lopes, referência para os casos de covid-19 no município.

Contudo, o secretario de Saúde do estado, Geraldo Medeiros, afirma que é preciso manter os cuidados, uma vez que já se observa o crescimento na média móvel do ritmo de contágio (Rt). Essa taxa traduz o potencial de propagação de um vírus: quando ela é superior a 1,0, cada infectado transmite a doença para mais de uma pessoa e a doença avança. O secretário explica ainda que mesmo as cidades com Rt menor que 1,0, mas que estão em crescimento dessa taxa, podem aumentar sua transmissibilidade e afetar o sistema de saúde em até 15 dias.

A análise evolutiva do Rt na Paraíba (médias móveis de 14 dias) aponta que nas três últimas quinzenas houve quebra de estabilidade com evolução positiva de 0,81 para 0,86 e agora para 0,88 no estado. Pelo menos 11 municípios registraram crescimento da transmissibilidade nos últimos 14 dias. João Pessoa, com Rt de 0,93; Campina Grande e Cajazeiras, com Rt de 0,95; Remígio, com Rt de 0,97; Guarabira, Itaporanga, São Mamede e Sousa, com Rt de 0,99; Picuí, com Rt de 1,03; Taperoá, com Rt de 1,05 e Princesa Isabel, com Rt de 1,07.

Geraldo Medeiros faz um alerta sobre as cidades com maior ritmo de contágio: “Os municípios onde essa taxa esteja acima de 1,0 podem acelerar sua transmissibilidade e afetar o sistema de saúde em até uma semana”. Ele lembra que ainda há variáveis que não se podem controlar, como a maior circulação da comunidade escolar e a possível circulação da variante delta entre os não vacinados e seus impactos. “Ainda temos que compreender qual a escala de pressão que poderá ser vista sobre o sistema de saúde diante da cobertura com primeiras doses da população vacinável em 64%”.

No mês de julho, 107 cidades paraibanas não registraram nenhum óbito por Covid-19. De junho para julho, o número de mortes em decorrência da pandemia no estado caiu de 796 para 386, uma redução de 51,5%.

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Redação DiárioPB

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