Paraíba ganha datacenter para aplicações na nuvem em alta velocidade
Com um investimento de R$ 50 milhões, a HostDime (www.hostdime.com.br) inaugura em 2017 um datacenter especializado em armazenamento de sistemas críticos no Nordeste. Instalado em João Pessoa (PB), o prédio foi construído para suprir uma carência local de infraestrutura de hospedagem com baixa latência. O objetivo da companhia com o novo datacenter é melhorar o serviço de armazenagem para empresas que operam no Nordeste. “Na hora de hospedar um e-mail ou o próprio site da empresa não faz muita diferença o lugar. No entanto, quando falamos de ERPs, sistemas de compras e outras aplicações corporativas, a proximidade é um fator determinante da eficiência do uso”, explica Renan Hannouche, diretor de soluções digitais da HostDime no Brasil.
João Pessoa foi escolhida como sede para atingir esse último objetivo. Capital da Paraíba, estado que corta o Nordeste ao meio, a cidade tem uma localização central na região. Além disso, a HostDime fez uma parceria com uma empresa de telecomunicações local, a Tely, para oferecer um anel de fibra ótica com dupla abordagem – um salvaguarda para garantir a segurança e a velocidade da transmissão dos dados entre os clientes e o centro de dados.
O empreendimento é o segundo do tipo a ser certificado pela Uptime Institute como de Tier III na região. No datacenter nordestino, a meta é oferecer uma latência – ou seja, tempo de resposta – máxima de 10 milissegundos. “Pode parecer pouco, mas operações feitas muitas vezes ao longo do dia e que começam a demorar são um incômodo e desgastantes para a equipe”, conta Hannouche. “É como se o sistema estivesse no quintal do cliente”, complementa.
“Nosso datacenter certificado, assim como a rede de fibra ótica interligando os estados do Nordeste, possibilitam o atendimento de todas as necessidades de infraestrutura de TI de empresas que buscam qualidade e segurança no armazenamento e conectividade de seus dados”, explica Filipe Mendes, CEO da HostDime no Brasil.
Além de grandes e pequenas empresas que operam no Nordeste, o centro também deve ser um ponto de apoio para conteúdo em streaming, como Netflix e alguns serviços do Google, por exemplo. Como um ponto de roteamento, a infraestrutura reduz o tempo necessário para o download de vídeos, entre outros.
“Por isso mesmo, a demanda por espaço já tem sido grande mesmo antes da estreia oficial”, conta Mendes. Por enquanto, um dos dois andares do empreendimento está funcionando. Ali, 40% da capacidade já foi alocada e a perspectiva é atingir ocupação máxima até meados de 2018.
Portal Correio