Pandemia motivou quase 40% dos fechamentos de empresas
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou ontem, os resultados de uma pesquisa realizada entre 15 e 30 de junho.
A pesquisa Pulso Empresa que estuda os impactos da covid-19 em empresas de todo o país e que integra as Estatísticas Experimentais do IBGE, o estudo é realizado a cada quinze dias e abrange as empresas de todo o país. De acordo com a pesquisa, 522,7 mil empresas, o que representa 39,4% encerraram as atividades na primeira quinzena de junho tiveram como motivação a pandemia do coronavírus.
De acordo com a Pesquisa Pulso Empresa, nos primeiros quinze dias do mês de junho 1,3 milhão de empresas estavam temporariamente ou definitivamente fechadas. As empresas de pequeno porte, com até 49 funcionários foram as mais afetadas com a crise do coronavírus, elas representam 99,2% das empresas que interromperam seu funcionamento parcialmente ou totalmente, o equivalente a mais de meio milhão de Empresas, 518,4 mil.
O setor de Serviços foi o mais afetado segundo a pesquisa, 49,5%, das empresas que encerraram as atividades por conta da pandemia eram do setor de Serviços, o percentual corresponde a 258,5 mil empresas. Seguido do setor de Comércio com 192 mil empresas, no setor da Construção 38,4 mil empresas foram fechadas e na Indústria 33,7 mil empresas tiveram suas atividades A estimativa é que na primeira quinzena do mês de junho o país tinha aproximadamente 4 milhões de empresas, destas 2,7 milhões funcionavam total ou parcialmente, o que representa 67,4%. Outras 610,3 mil encontravam-se fechadas temporariamente e 716,4 mil encerram as suas atividades definitivamente. Entre as empresas fechadas de forma definitiva e independente do motivo, as empresas de pequeno porte representam 99,8%, que representa 715,1 mil empresas. As de porte intermediário representavam 0,2% e nenhuma de grande porte estava fechada. Das empresas que estavam em funcionamento, 70% afirmaram que a pandemia teve impacto negativo, 16,2% informaram que o efeito foi pequeno ou inexistente. Já para 13,6% o impacto da pandemia do coronavírus foi positivo. As empresas que relataram sentir os efeitos negativos da pandemia eram 70,1% de pequeno porte, 66,1% das intermediárias e 69,7% das de grande porte.
A pesquisa revelou que a cada nas vendas ou nos serviços de comércio foi sentida por sete em cada dez empresas, o comparativo foi feito da primeira quinzena de junho em relação a março, quando as medidas de isolamento e distanciamento social começaram a ser adotadas em todo o país. As empresas de pequeno porte foram novamente as mais prejudicadas, com70,9%. As de porte intermediário que perceberam a queda nas vendas representavam 62,9% e 58,7% eram de grande porte.
Outro dado importante levantado pela Pesquisa Pulso Empresa é sobre a ocupação nessas empresas, 61,2% das empresas em funcionamento mantiveram o mesmo quadro de funcionários se comparado ao início de março, no entanto 34,6% informaram que reduziram o número de funcionários da empresa. Por outro lado, 38,8% das empresas aumentaram o número de empregados.
Nilber Lucena
Especial para A União