Padre é condenado por chamar de assassino, médico que realizou aborto legal
Profissional de saúde foi responsável pelo aborto legal de uma criança de 10 anos, que foi vítima de estupro no Espírito Santo
O padre Luiz Carlos Lodi da Cruz, da Diocese de Anápolis, a 55 km de Goiânia, foi condenado a indenizar por danos morais o médico Olímpio Barbosa de Moraes Filho, após chamá-lo de “assassino”. O texto foi compartilhado nas redes sociais depois que o médico realizou um aborto legal em uma criança de 10 anos, vítima de estupro. As informações são do Metrópoles.A Justiça condenou o religioso da Associação Pró-Vida apagar uma indenização de R$ 10 mil ao médico. A defesa do padre alegou que as críticas foram direcionadas ao procedimento abortivo no Brasil, “qualquer que seja”, e ponderou que usou a palavra “assassínio” e não “assassino”. A decisão ainda cabe recurso.
No entanto, na sentença o magistrado entendeu que o termo de “cunho calunioso” foi dirigido diretamente ao médico.
“Apesar da liberdade de expressão, não se pode imputar a uma outra pessoa comentários ofensivos que abalem sua imagem pessoal e profissional baseados em temas polêmicos que inclusive dividem opiniões”, escreveu o juiz.
DiarioPB com Brasil 247