Os “bundas sujas covers”
Mais um atentado na praça do três poderes, o alvo era o STF. Depois do 8 de janeiro, o Brasil passou a entender o terrorismo doméstico. O último registrado, foi o famigerado ataque ao Riocentro por dois militares da ditadura (abril/1981). Tivemos outros episódios nebulosos do regime militar, mas nenhum tão ousado como se propôs o ato terrorista que iria explodir uma bomba em um grande show no Rio de Janeiro. Em dezembro de 2022, um bolsonanazifascista dos acampamentos planejou a explosão do aeroporto de Brasília. Falharam como o “bunda suja” (segundo Geisel) falhou em sua insurreição contra o exército quando planejou explodir quartéis e locais estratégicos da capital fluminense (mere coincidência com os fatos atuais ou o velho “modus operandi?”). Bolsonaro foi preso , mas, infelizmente, não foi expulso do exército.
Em 2018 o “bunda suja”, também conhecido como Bolsonaro foi eleito por uma parcela expressiva do eleitorado. Ali descobrimos quantos alienados ou viúvas da ditadura existiam. Claro, antes eles já revelavam suas posições que facilmente mostravam uma clara identificação com o que viria a ser a maior tragédia da politica brasileira. São eleitores, invariavelmente, mentirosos, preconceituosos, racistas, misóginos, violentos, fundamentalistas e profundamente anti ciência, anti conhecimento e anti respeito aos diretos humanos e marcos civilizatórios.
A mídia familista e golpista “passou pano” pra tudo o que se sucedeu desde 2018. Ignoraram que tínhamos um criminoso no poder (ladrão barato mesmo). Ignoraram que o mandatário medíocre pregava a extermínio dos adversários (em especial de esquerda), mas também das mulheres, negros e lgbtqia+. O chorume explícito de um ódio que só se viu com o fascismo de Mussolini e o nazismo de Hitler. O discurso de ódio impregnou as redes sociais e a vida cotidiana. Pessoas foram assassinadas por psicopatas semelhantes a Bolsonaro. Violência, também, solenemente ignorada pela mídia em sua escalada.
Veio o 8 de janeiro, as imagens ainda estão na memória. Uma horda de 5 mil ignorantes funcionais e violentos tentaram, estimulados pelo psicopata-mor (bolsonaros) e deputados que reproduzem os mesmos absurdos que o terrorista morto em frente ao STF, ou seja, discursos de ódio invadem e destroem os três poderes. Não toleram a democracia e nem quem a defende. A ponto de ver aqui e alhures, algo incrível na mídia corporativa que são jornalistas tentando justificar a barbárie a partir das mentiras propagadas pelos próprios bolsonazifascistas. Ou seja, naturalização dos absurdos diários de um inepto, inapto e inutil. Coisas do tipo, “e o pt heim?”. São os mesmos que falam em polarização como se a esquerda tivesse as mesmas práticas da extrema direita. Parece um espécie de “síndrome de Estocolmo” onde pobres, pretos, mulheres e lgbtquia+ e jornalistas defendem quem prega o extermínio de pobres, pretos, mulheres e lgbtqia+ e jornalistas!!!
Enfim, são delírios a que ainda estamos sujeitos. A cadela do fascismo continua no cio. Os bolsonazifascistas continuam ON. A violência política fascista ainda é uma realidade nas redes sociais e nas ruas. Tudo isso sob a batuta de Lula, que se recusa a promover o debate sobre a regulamentação da mídia, claro, posso levar em consideração que temos um congresso sombrio e de maioria oligarca e de outsiders debiloides fascistas, mas isso não é justificativa mais a esta altura. Para que fique claro, não existe liberdade de expressão absoluta, e no caso do Brasil, a impunidade dos mentores, financiadores e da massa ignara (bucha de canhão) serve como estímulo para mais atos violentos e vis como o que se revelou mais uma vez na praça do centro do Brasil.
Agentes políticos (alinhados ao bolsonazifascismo) presentes em todas as casas legislativas continuam mentindo, distorcendo a realidade e propagando discursos de ódio impunemente. Nesse sentido, sem uma punição exemplar, eles não vão parar. Não conhecem outra forma de debate, apenas ódio, violência e mentiras. Ato contínuo o resultado é que mais um bolsonazifascista morreu pelo próprio ódio. Neste triste contexto histórico, tardando está a justiça em encarcerar (com o devido processo legal) os “pais” dessa tragédia em andamento no país; o psicopata (e a familicia), seus agentes políticos com cargos eletivos, a mídia corporativa, e claro, o deus mercado. A “culpa no cartório” destas quadrilhas está provada em áudios, videos, documentos e delações, o que falta para que sejam presos ou responsabilizados?
O texto pode ter ficado acima do tom ideal, mas me valho do óbvio, fascismo não se debate, se combate! E os fatos estão aí, são auto explicativos pra quem não abraça o “malabarismo retórico” ou nega as graves posturas de um ex-presidente que NUNCA esteve a altura do cargo ou do povo brasileiro. Hoje, dia da Proclamação da República, o Brasil mostra de precisa de reformas profundas, a começar pela política, sob pena de repetirmos tudo o que vimos nos últimos 10 anos.
Por Ulisses Barbosa