Número de mortos nos ataques no Sri Lanka sobe para 290
O número de mortos nos atentados de domingo de Páscoa no Sri Lanka subiu para 290, informou a polícia nesta segunda-feira (22). Cerca de 500 pessoas ficaram feridas nos ataques que atingiram três igrejas e quatro hotéis no domingo de Páscoa. O governo decretou estado de emergência a partir da meia-noite (15h30 de Brasília).
O porta-voz do governo, Rajitha Senaratne, afirmou que, 14 dias antes dos ataques, relatórios do serviço de inteligência indicaram que eles ocorreriam.
Nenhum grupo reivindicou a autoria dos ataques, mas o governo atribui as ações ao grupo National Thowheeth Jama’ath (NTJ). As autoridades acreditam que os ataques tenham sido realizados com a ajuda estrangeira, por isso, vai pedir ajuda externa para rastrear as ligações internacionais.
As investigações continuam e, até o momento, 24 pessoas foram detidas. Nesta segunda-feira, a polícia encontrou 87 detonadores de bombas na principal estação rodoviária da capital do Sri Lanka, Colombo, e a explosão em uma van ocorreu perto de uma das igrejas que já tinha sido alvo de ataque no domingo, segundo a Reuters.
O presidente Maithripala Sirisena, que estava no exterior quando os ataques aconteceram, declarou estado de emergência no país a partir de meia-noite desta segunda. A medida concederá à polícia e aos militares amplos poderes para deter e interrogar sem ordem judicial.
O governo do Sri Lanka ainda decretou um dia de luto nacional para terça-feira. O país não registrava um cenário de tamanha violência desde o fim da guerra civil há 10 anos.
Vítimas
A polícia não divulgou uma lista de vítimas, mas acredita-se que a grande maioria seja de cidadãos do Sri Lanka.
O Ministério das Relações Exteriores acredita que 35 estrangeiros estão entre os mortos.
Entre eles, estão três filhos do bilionário dinamarquês Anders Holch Povlsen, dono da grife Bestseller, de acordo com a BBC.
A imprensa internacional já relatou a morte de cinco britânicos (incluindo um anglo-americano), um português, seis indianos, dois turcos, dois chineses, dois australianos, um holandês e um japonês.
G1