ESPORTES

Novos espinhos no Jardim do Eden

Militão joga bem, Chelsea domina boa parte do jogo e Eden Hazard permanece com sequência ruim de resultados.

A Champions league tem reservado sempre um bom espetáculo para os que a assistem. Nessa última terça (27) não foi diferente. O confronto, no Estádio Alfredo di Stefano, entre Real Madrid e Chelsea, foi marcado por lances incríveis, belas atuações de brasileiros, Militão e Marcelo fazendo total diferença na defesa, e um passe debochado de Antonio Rudiger, zagueiro dos Blues.

Sim, o jogo foi definido ainda no primeiro tempo, com o empate entre as equipes por um a um. O primeiro gol foi do estadunidense Christian Pulisic, em um primoroso lançamento de Rudiger por cobertura, matando a defesa do Real. Já o gol dos merengues saiu após assistência “sem querer” de Militão, indo parar nos pés de Benzema que, com um giro, anotou o seu no meio da meta.

O segundo tempo foi morno, com alguns cartões, pouca discussão, pouco interesse. Parecia até que a equipe madrilena estaria satisfeita com o resultado. No jogo de volta, em Stanford Bridge, Londres, o Chelsea precisa apenas de um empate (zero a zero) para avançar à grande final.

E foi nesse segundo tempo que Hazard entrou contra o seu ex-time, talvez uma aposta de Zinedine Zidane para com a lei do ex, que não deu resultado esperado. Pouca criatividade, pouca capacidade de concentrar as jogadas, pouca responsabilidade. Essa foi a marca que Hazard continuou perpetuando no jogo da Champions, mas ele já não vinha bem desde 2019…

Isso porque uma série de lesões deixou o jogador muito tempo no departamento médico do Real Madrid, ganhando até o apelido de “doutor Hazard” por parte da turma da brincadeira, já que teoricamente ocupou mais uma vaga naquele departamento do que dentro de campo.

Mas Hazard era bom mesmo nos Blues, onde ficou conhecido mundialmente pela forma como resolvia os jogos, lembra muito o vigoroso Pulisic de hoje em dia. Em 7 anos de Chelsea, 352 jogos, 110 gols e 85 assistências; em 2 anos de Real Madrid, 28 jogos, 3 gols e 4 assistências. Os números sempre confessam a veracidade dos fatos, não tem como não enxergar. A bola da vez é Hazard, aos 30 anos, recebendo outra chance de fazer diferente na Espanha. Não está sendo fácil.

Por Emanuel Reis

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