Netanyahu diz que ataque que matou mais de 400 pessoas em Gaza “é só o começo”
O maior genocida do século 21 deixa claro que vai continuar a matança do povo palestino
Em declaração dada na base militar de Kirya, em Tel Aviv, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi enfático sobre o retorno dos ataques. “O Hamas já sentiu o golpe do nosso braço nas últimas 24 horas. E eu quero garantir a vocês: isso é só o começo”, afirmou o primeiro-ministro. Netanyahu também culpou o Hamas pelas vítimas civis e orientou os moradores de Gaza a evacuarem áreas consideradas de risco. “De agora em diante, Israel agirá contra o Hamas com força crescente. E de agora em diante, as negociações só ocorrerão sob fogo”, declarou, conforme a Reuters
Os ataques aéreos atingiram casas e acampamentos de tendas em toda a Faixa de Gaza, de norte a sul. Testemunhas relataram que mísseis foram disparados por aviões israelenses sobre a Cidade de Gaza durante a noite de terça-feira. “Foi uma noite de inferno. Pareciam os primeiros dias da guerra”, disse Rabiha Jamal, de 65 anos, moradora da Cidade de G
Após quase dois meses de relativa calma, ataques aéreos israelenses atingiram a Faixa de Gaza na terça-feira (18), matando mais de 400 pessoas, segundo autoridades de saúde palestinas.
O exército israelense emitiu ordens de evacuação para famílias em Beit Hanoun, no norte de Gaza, e em áreas orientais de Khan Younis, no sul. Os moradores deixaram suas casas levando apenas o que podiam acessar. “As crianças estavam apavoradas. Pegamos o que conseguimos e saímos o mais rápido
O coordenador de ajuda emergencial da ONU, Tom Fletcher, afirmou que os “ganhos modestos” detectados durante o cessar-fogo foram destruídos. A situação humanitária em Gaza já era alarmante antes da retomada dos ataques. Israel suspendeu a entrada de ajuda humanitária por mais de duas semanas, agravando a escassez de alimentos, água em
Em meio à crise, os hospitais em Gaza enfrentam dificuldades para lidar com o alto número de vítimas. Segundo autoridades de saúde palestinas, entre os 408 mortos, muitas eram crianças.
Repercussão internacional
A repercussão internacional foi imediata. O Egito e o Catar, que atuaram como mediadores nas negociações de cessar-fogo, condenaram os ataques israelenses. A União Europeia também manifestou preocupação com o rompimento da trégua e pediu o retorno às negociações.
O governo dos Estados Unidos expressou apoio às ações de Israel. Dorothy Shea, embaixadora interina dos EUA na ONU, afirmou que “a culpa pela retomada das hostilidades em Gaza recai exclusivamente sobre o Hamas”. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Brian Hughes, reforçou essa posição: “O Hamas poderia ter libertado os reféns para estender o cessar-fogo, mas escolheu a rec
Dirigentes do Hamas foram mortos
O Hamas confirmou a morte de três de seus principais líderes nos ataques aéreos israelenses: Essam Addalees, chefe de fato do governo do Hamas; Ahmed Al-Hetta, vice-ministro da Justiça; e Mahmoud Abu Watfa, chefe dos serviços de segurança adm
Apesar das baixas, o Hamas declarou que continua comprometido com o acordo de cessar-fogo firmado em janeiro e acusou Israel de romper unilateralmente o pacto.
Impasses nas negociações
As negociações em Doha, no Catar, entre Israel e Hamas, permaneceram em um impasse. Israel insiste na liberação dos reféns restantes como condição para um cessar-fogo duradouro, enquanto o Hamas exige o fim dos ataques e a entrada de ajuda humanitária em Gaza. Desde o início da guerra, o Hamas libertou 33 reféns israelenses e cinco tailandeses em troca de cerca de 2.000 prisioneiros amigos.
Com Brasil 247