Negativa de Bolsonaro de ter incentivado o uso da Cloroquina foi por temor de ser denunciado no Tribunal Internacional
Após alerta do Ministro do STF Gilmar Mendes, presidente afirmou não recomendar cloroquina.
O cavalo de pau que Jair Bolsonaro deu sobre a recomendação que até aqui vinha fazendo em relação ao uso da cloroquina e da hidroxicloroquina se deveu ao medo de que ele seja denunciado no Tribunal Internacional de Haia, na Holanda. O alerta foi feito a Bolsonaro por Gilmar Mendes, numa conversa que os dois tiveram na segunda-feira.
Já existe uma representação feita à Procuradoria-Geral da República, pelo deputado Rogério Correia, do PT, para que Bolsonaro seja investigado por improbidade administrativa, por incentivar e determinar o aumento de produção da cloroquina, embora a substância não tenha eficácia comprovada.
Nesta quarta-feira, em uma transmissão ao vivo no Facebook, Bolsonaro afirmou não recomendar a cloroquina:
“Eu não recomendo nada. Eu recomendo que você procure o seu médico e converse com ele. O meu, no caso, médico militar, foi recomendado a hidroxicloroquina e funcionou. Tô bem, graças a Deus. O futuro vai dizer se esse remédio é eficaz ou não. Pra mim, foi. Credito a ele. E se for, muita gente encaminhou contrário, gente com responsabilidade, então a história vai dizer quem estava certo no futuro e a quem cabe qualquer responsabilidade sobre parte das mortes. Não estou aqui para orientar ninguém a tomar esse ou aquele medicamento. Procure o seu médico desde o início dos sintomas”.