BRASIL

MPF aponta grileiros, e não brigadistas, como culpados por incêndios

‘Nenhum elemento apontava para a participação de brigadistas ou organizações da sociedade civil’, afirma o Ministério Público Federal

O Ministério Público Federal de Santarém (MPF-PA) requisitou à Polícia Civil do Pará acesso integral ao inquérito que culminou na prisão de quatro brigadistas voluntários esta semana. O motivo do pedido se dá porque a investigação federal aponta grileiros como os possíveis responsáveis pelos incêndios, e não os voluntários.

Em nota, o MPF afirma que já havia uma investigação em curso desde setembro na Polícia Federal, e que “nenhum elemento apontava para a participação de brigadistas ou organizações da sociedade civil”. Entidades acusam a Polícia Civil de prender os brigadistas sem provas contundentes e com alegações que usam diálogos sem o contexto necessário.

“Por se tratar de um dos balneários mais famosos do país, a região é objeto de cobiça das indústrias turística e imobiliária e sofre pressão de invasores de terras públicas”, acrescenta o MPF. Além disso, a linha investigativa sobre interesses financeiros na região de Alter do Chão já vem desde 2015, afirmam.

Na terça-feira 26, quatro voluntários da Brigada Alter do Chão foram presos por serem acusados de atearem fogo na floresta para depois combatê-lo, um movimento para conseguir visibilidade e mais doações à causa. No entanto, as organizações envolvidas negam as irregularidades.

O pedido de revogação da prisão preventiva foi negado pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Santarém, Alexandre Rizzi, na audiência de custódia realizada na quarta-feira 27. A defesa dos quatro brigadistas afirmou que irá entrar com um pedido de habeas corpus.

Carta Capital

Ouça nossa Rádio enquanto você navega no Portal de Notícias


  Podcast Dez Minutos no Confessionário

Redação DiárioPB

Portal de notícias da Paraíba, Brasil e o mundo

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo