Movimento da Revolução Cidadã denuncia terrorismo de Estado de Lenín Moreno no Equador
O Movimento lamenta que essa solicitação foi ignorada pela OEA, que continua respondendo aos interesses do Departamento de Estado.
“O Equador se tornou uma ditadura, o terrorismo de Estado voltou ao nosso país como resultado de uma grave ruptura do Estado de Direito que denunciamos continuamente à comunidade internacional desde a assunção do regime de Moreno”, diz o manifesto lançado nesta segunda-feira (14) pelo Movimento da Revolução Cidadã, que agrupa os partidários do ex-presidente Rafael Correa.
“Esse regime perverso culpou nosso movimento político pelas massivas mobilizações em protesto à aplicação das políticas do FMI e, como observamos dias atrás, vem preparando o terreno para culpar os líderes da Revolução Cidadã como responsáveis pelas greves e mobilizações nacionais para parar, aprisionar e proibir os líderes da Revolução Cidadã”, ressalta o documento.
A direção do Movimento solicitou no dia 10 de outubro medidas de precaução urgentes à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), a fim de evitar danos irreparáveis à vida, liberdade e integridade pessoal dos deputados da Revolução Cidadã, a prefeita de Pichincha, Paola Pabón, e o Secretário Executivo do Movimento, Virgilio Hernández.
O Movimento lamenta que essa solicitação foi ignorada pela OEA, que continua respondendo aos interesses do Departamento de Estado.
O documento denuncia a prisão da prefeita de Pichincha Paola Pabón e do secretário executivo do Movimento da Revolução Cidadã, Virgilio Hernández, “sem motivo legal nem razão jurídica, atos que condenamos energicamente”. E enfatiza que “o modo de agir do regime de Moreno contra o ex-presidente Rafael Correa, o vice-presidente Jorge Glas, a perseguição ao ex-chanceler Ricardo Patiño, que se encontra com asilo político concedido pelo governo do México, a proteção outorgada pela embaixada desse mesmo país a nossa companheira deputada Gabriela Rivadeneira e a feroz perseguição contra todos os companheiros é uma cabal demonstração dos atropelos ao Estado de Direito e dos direitos humanos perpetrados pelo regime”.