Motoristas de ônibus de João Pessoa decidem entrar em greve
A partir da zero hora da próxima terça-feira (07), quem precisar se deslocar de ônibus pela cidade de João Pessoa não terá a disponibilidade dos veículos de transporte público. Isto porque, os trabalhadores das empresas de transportes da capital decidiram entrar em greve, por tempo indeterminado. A decisão foi tomada durante duas assembleias realizadas na noite desta terça-feira (30) e na manhã esta quarta-feira (01) e após a reunião de acordo coletivo com os patrões não ter chegado a um consenso. Os trabalhadores pedem um reajuste salarial de 12% e mais aumento no ticket refeição. Os patrões subiram a proposta de reajuste de 4% para 6%, sem acréscimos no valor do ticket. A data-base da categoria é 1º de julho.
Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes Coletivos Urbanos da capital (Sintur-JP), Alberto Pereira, a classe patronal vai aguardar o desdobramento dos fatos para então se posicionar e, se for o caso, acionar à Justiça para assegurar que os serviços não sejam paralisados em sua totalidade. “Ano passado, também houve um movimento grevista e nós recorremos à Justiça para garantir, pelo menos, a circulação de 50% da frota. Se a greve for mesmo acontecer, vamos tomar medidas neste sentido porque a população não pode ser prejudicada no seu direito de se deslocar”, afirma Alberto.
Ele lembra que os empresários do setor já fizeram um esforço tremendo para assegurar um reajuste salarial de 6%. “Infelizmente, as atuais circunstância, nos impede de avançar mais nesse percentual, pois estamos trabalhando no vermelho, com uma tarifa desafasada, com queda acentuada de passageiros e, consequente, redução da receita, além de acumularmos vários aumentos, principalmente do óleo diesel, que é o segundo maior custos das empresas”, afirma o empresário. Alberto lembra que a tarifa praticada de João Pessoa deveria ser de, pelo menos, R$ 2,80, para um equilíbrio financeiro das empresas.
Ainda segundo o empresário, a classe patronal lamenta que os trabalhadores não tenham sido sensíveis a essa realidade de crise. “A greve é uma manifestação democrática, mas todos sabem do atual momento que estamos passando e esperávamos uma maior compreensão por parte dos trabalhadores, o que infelizmente não aconteceu”, finaliza o dirigente do Sintur-JP.
DiárioPB com Assessoria