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Morre Levy Fidelix aos 69 anos, presidente do PRTB do General Mourão

O presidente nacional do PRTB, Levy Fidelix, morreu na noite desta sexta-feira (23) em São Paulo, informa rede social oficial de Fidelix. Ele tinha 69 anos e estava internado desde março em um hospital particular. A família não informou a causa da morte. Porém, alguns veículos noticiaram que o político não resistiu a complicações de uma infecção respiratória, agravadas pela Covid-19.

“É com profunda dor e pesar que o PRTB, por sua diretoria, comunica o falecimento do nosso líder, Fundador e Presidente Nacional, Levy Fidelix, ocorrida nesta data na cidade de São Paulo. Descanse em paz homem do Aerotrem!”, diz texto postado no Twitter de Fidelix.

Conhecido por defender o projeto “aerotrem” como principal meio transporte público, Fidelix concorreu a diversos cargos em mais de 10 eleições, mas nunca se elegeu. Tentou se eleger deputado federal (concorreu três vezes), governador (duas tentativas), presidente da República (concorreu duas vezes) e prefeito de São Paulo (em três eleições).

Sua última disputa eleitoral foi em 2020, quando tentou se tornar prefeito da cidade de São Paulo e teve apenas 11.960 dos votos, 0,22% do total. Nesta eleição, tentou o apoio de Jair Bolsonaro, mas o presidente optou por apoiar a candidatura de Celso Russomanno, que não foi ao segundo turno.

Fidelix ainda era um dos apoiadores de Bolsonaro e do vice-presidente Hamilton Mourão, que é filiado ao PRTB.

Jair Bolsonaro, Levy Fidelix e Hamilton Mourão durante convenção do PRTB em SP em 2018 — Foto: Renato S. Cerqueira / Futura Press / Estadão Conteúdo

Fidelix deixa sua mulher, Aldinea Rodrigues Fidelix Cruz, que é vice-presidente do PRTB, e uma filha, Lívia Fidelix, que tentou se eleger deputada nas eleições de 2018.

Fundador do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), Fidelix se formou em Comunicação Social e começou a carreira como publicitário; Trabalhou também em jornais como Correio da Manhã e Última Hora, e foi um dos fundadores das revistas “Governo e Empresa” e “O Poder”.

Nos anos 1980, trabalhou como apresentador de TV, em que entrevistava especialistas em tecnologia e políticos.

A carreira política começou em 1986, quando se candidatou à sua primeira eleição, como candidato a deputado federal por São Paulo. Mas não se elegeu.

Em 1989 e 1990 trabalhou como assessor de comunicação na campanha do então candidato à presidência da república Fernando Collor de Mello, que seria eleito. Em 1996, foi candidato à prefeitura de São Paulo e, em 1998, a governador do estado. Também não se elegeu.

Em 2002 voltou a se candidatar a governador do estado de São Paulo, a vereador em 2004 e a deputado federal em 2006. Não conseguiu se eleger em nenhuma dos casos. Em 2008 foi candidato a prefeito de São Paulo e ficou fora do segundo turno.

Em 2010, concorreu à Presidência da República, e ficou em sétimo lugar entre os nove candidatos da disputa. Em 2011, tentou novamente o cargo de prefeito da cidade de São Paulo, e, outra vez, não obteve sucesso.

Levy tentou a presidência novamente em 2014 e, sem ir para o segundo turno, apoiou Aécio Neves, que perdeu a eleição para Dilma Roussef, reeleita. Durante debate em 2014, o pré-candidato à Presidência pelo PRTB recusou votos de homossexuais e conclamou enfrentamento das minorias. Em debate, na época, ao responder perguntar da então candidata Luciana Genro (PCdoB), ele soltou uma frase considerada homofóbica lembrada por muitos, “aparelho excretor não reproduz”, disse.

Levy Fidelix mudou o posicionamento depois.

Em 2018, apoiando Jair Bolsonaro à Presidência, concorreu ao cargo de deputado federal pelo estado de São Paulo, mas não conseguiu se eleger.
G1

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