Moro deixa miliciano “capitão Adriano”, ligado ao clã Bolsonaro, fora da lista dos mais procurados
247 – Blindando o clã Bolsonaro, o ministro da Justiça, Sergio Moro, não incluiu na lista dos mais procurados do Brasil o ex-capitão Adriano da Nóbrega, acusado de comandar a mais antiga milícia do Rio de Janeiro e suspeito de integrar um grupo de assassinos profissionais do estado.
Adriano teve duas parentes nomeadas no antigo gabinete do senador Flávio Bolsonaro, na Alerj, e clã se preocupa com a eventual vinculação do gabinete com o sobrenome do ex-capitão, como revelou mensagens trocadas entre o ex-assessor de Flávio, Fabricio Queiroz, e Adriano.
“Sobre seu sobrenome… Não querem correrem risco, tendo em vista que estão concorrendo e visibilidade que estão. Eu disse que vc está separada e está se divorciando”, escreveu Queiroz para Danielle, ex-esposa de Adriano, que também era funcionário do gabinete, em dezembro de 2017.
Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, Adriano está foragido há mais de um ano e é citado na investigação que apura a prática de “rachadinha” no antigo gabinete do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).
De acordo com o Ministério da Justiça, acrescenta a reportagem, o ex-capitão não foi incluído na lista porque “as acusações contra ele não possuem caráter interestadual, requisito essencial para figurar no banco de criminosos de caráter nacional”.