ECONOMIA

Ministro Fernando Haddad obteve apoio do Presidente Lula para meta de déficit zero

Ministro se compromete com contingenciamento menor em 2024, com bloqueio máximo de R$ 26 bilhões e maior arrecadação de impostos

Na esteira da primeira vitória na luta pela manutenção da meta de déficit zero em 2024, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comprometeu-se com um contingenciamento de despesas do Orçamento no início do próximo ano, podendo atingir no máximo R$ 26 bilhões, segundo reportagem do Estado de S. Paulo. Este valor representa metade da quantia inicialmente prevista, que alcançava R$ 53 bilhões.

Haddad assegurou que, caso o bloqueio seja efetivado, ele seria dividido igualmente entre as despesas de investimento do Executivo e as emendas propostas por senadores e deputados. Contudo, as lideranças do Congresso demonstram ceticismo em relação a essa cifra, buscando garantias de que as emendas serão preservadas.

As sinalizações de Haddad e das lideranças do Congresso foram emitidas durante uma reunião nesta quinta-feira, 16, na qual o governo comunicou ao relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), deputado Danilo Forte (União-CE), a manutenção da meta para 2024. Este anúncio ocorreu apesar dos alertas de que, no cenário atual, seria necessário um corte bem superior aos R$ 53 bilhões mencionados pelo ministro.

Na reunião, Tebet assumiu um tom conciliatório, concordando com a visão do relator de que a meta de déficit zero dificilmente seria atingida no atual contexto. O tamanho do bloqueio está no centro do acalorado debate sobre a meta fiscal. Em uma reunião com parlamentares há duas semanas, o presidente Lula declarou que não cortaria nem uma vírgula do Orçamento de 2024, destacando a importância de aprovar o Orçamento ainda este ano.

Segundo um interlocutor presente na reunião, a leitura é de que o presidente Lula aceitou a manutenção da meta, dando mais tempo para Haddad obter apoio do Congresso às medidas arrecadatórias. Este gesto, segundo a fonte, demonstra a cautela do presidente diante do impacto das eleições na Argentina e o receio com o cenário de desaceleração econômica no final deste ano.

DiárioPB com BRASIL 247

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