Ministério Público de SP investiga decisão do governo Tarcísio de autorizar uso do ChatGPT na produção de aulas
Promotoria solicita esclarecimentos sobre substituição de professores por inteligência artificial na elaboração de material didático para escolas públicas de São Paulo
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) iniciou uma investigação sobre o uso da ferramenta de inteligência artificial ChatGPT na produção de aulas digitais destinadas às escolas estaduais do estado. A decisão do governo Tarcísio de substituir professores na criação de material didático pela tecnologia gerou questionamentos por parte do MPSP, destaca o Metrópoles.
O promotor Bruno Orsini Simonetti, na quinta-feira (18), solicitou esclarecimentos ao governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) sobre como o ChatGPT será empregado, seu funcionamento, especificamente pedagógico, além de estudos exigidos e pesquisas que embasam essa decisão.
Além disso, Simonetti solicitou informações à Secretaria da Educação (Seduc) sobre quais materiais didáticos serão elaborados com inteligência artificial e se houve contratação de alguma empresa para fornecer esse serviço pelo governo de São Paulo.
A gestão Tarcísio de Freitas anunciou na quarta-feira (17/4) que adotará a inteligência artificial na produção de parte das aulas para alunos dos anos finais do ensino fundamental e ensino médio da rede pública paulista. Atualmente, todo o material é produzido por professores curriculistas especializados na área.
Em resposta, a Secretaria da Educação afirmou que se trata, por enquanto, de um “projeto-piloto” e negou qualquer possibilidade de exclusão dos professores do processo de produção das aulas. A iniciativa levanta debates sobre o equilíbrio entre o uso da tecnologia e a expertise dos educadores no desenvolvimento de conteúdo educacional.
Com Brasil 247