Meta lança sistema de inteligência artificial, mas Brasil fica de fora
Empresa é Investigada pelo uso de dados de usuários brasileiros das plataformas Instagram e Facebook no desenvolvimento de modelos de IA generativa
A Meta, empresa proprietária do Instagram e do WhatsApp, revelou nesta terça-feira (23),seu mais recente modelo de inteligência artificial generativa, o Llama 3.1. Destinada à geração de texto, a IA da Meta demonstrou desempenho superior ao ChatGPT em alguns testes de lógica e linguística, conforme anunciado pela big tech. O Llama 3.1 estará disponível em 22 países, incluindo nações vizinhas da América Latina, como Argentina, Chile, Colômbia, Equador, México e Peru. No entanto, a Meta informou que o Brasil não foi incluído no lançamento devido a “incertezas regulatórias locais”, diz a Folha de S. Paulo.
A empresa de redes sociais enfrenta investigações da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) pelo uso de dados do Instagram e Facebook no desenvolvimento de modelos de inteligência artificial generativa.
As autoridades estão apurando uma denúncia do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) sobre possíveis violações à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e ao Código de Defesa do Consumidor. Em 2 de julho, a ANPD emitiu uma medida preventiva para impedir a Meta de utilizar dados dos usuários no treinamento de inteligências artificiais generativas, e em 10 de julho, negou o recurso da empresa.
Na Europa, onde a Meta também enfrenta desafios para justificar o uso de dados dos usuários de redes sociais no desenvolvimento de IA, o lançamento do novo modelo também foi adiado.
De acordo com o fundador da Meta, Mark Zuckerberg, os residentes dos países incluídos no lançamento poderão interagir com a IA da empresa via WhatsApp, Instagram, Messenger e Facebook em vários novos idiomas.
Com Brasil 247