Médico Fernando Cunha Lima permanecerá preso em Abreu e Lima até nova decisão da Justiça da Paraíba
A Justiça de Pernambuco determinou que o pediatra Fernando Cunha Lima, acusado de estupro, continue detido no Pernambuco. Ele foi encaminhado na tarde deste sábado (8) para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, até que a Justiça da Paraíba tome uma nova decisão sobre seu caso.
A medida foi determinada após audiência de custódia realizada no Plantão da Audiência, em Recife. Como a prisão decorre de um mandado expedido pelo Tribunal de Justiça da Paraíba, a audiência não reavaliou os fundamentos da detenção, limitando-se a verificar o respeito aos direitos do acusado.
A comunicação oficial sobre a manutenção da prisão será enviada ao judiciário paraibano, que decidirá nas próximas horas sobre o andamento do processo. Até lá, Fernando Cunha Lima seguirá detido em Pernambuco.
Relembre o caso
O caso ganhou notoriedade após uma mãe denunciar, em julho de 2024, que sua filha de nove anos havia sido vítima de abuso sexual durante uma consulta médica. Após essa denúncia, outras famílias também prestaram depoimentos contra o pediatra. Uma das denúncias foi feita pela própria sobrinha do médico, Gabriela Cunha Lima, que afirmou ter sofrido abuso do tio há mais de 30 anos.
A prisão preventiva de Fernando Cunha Lima foi decretada pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba em novembro de 2024, após o Ministério Público da Paraíba (MPPB) recorrer de decisões anteriores que haviam negado o pedido de prisão. O relator do processo, desembargador Ricardo Vital de Almeida, destacou que o médico utilizava da confiança depositada nele por pacientes, familiares e pela sociedade para cometer os crimes. O magistrado apontou riscos caso o acusado permanecesse em liberdade, ressaltando que “somente a prisão impedirá a prática de novos delitos” e que a medida se faz necessária para “garantia da ordem pública”.
A transferência de Fernando Cunha Lima para Recife e a realização da audiência de custódia são etapas importantes no andamento do processo judicial, visando assegurar que todos os procedimentos legais sejam cumpridos e que os direitos das vítimas e do acusado sejam respeitados.