MBL está ligado a site que divulgou fake news contra Marielle
A relação entre o Movimento Brasil Livre e o site Ceticismo Político e seu dono, Luciano Ayan, responsável por impulsionar uma campanha de “fake news” contra Marielle Franco, é mais estreita do que parece. Um e-mail enviado pelo jornal O Globo ao MBL com questões sobre a onda difamatória contra a vereadora executada, foi publicado horas depois na página do Ceticismo Político.
O autor do texto publicado no Ceticismo Político, que não é assinado, negou que algum membro do MBL alimenta o site e afirmou que a relação entre o grupo e Luciano Ayan “é extremamente positiva”. O conteúdo foi postado pelo Ceticismo Político em seu Facebook e, um minuto depois, na página do MBL na rede social, com comentários idênticos, segundo o jornal carioca.
Ainda não está claro como o e-mail enviado pelo Globo ao MBL foi repassado para o Ceticismo Político, já que o MBL negou ter relação com a página. Na publicação do e-mail enviado pelo GLOBO ao MBL, o responsável pelo Ceticismo Político afirmou que a mensagem foi compartilhada com ele por “integrantes do grupo”.
O Ceticismo Político confessou ter relação com o MBL, mas negou interferência. “O que é retuitado e republicado é o conteúdo do site Ceticismo Político, que é primariamente publicado na página de Facebook Luciano Ayan, mas também em outras páginas. A relação entre MBL e Luciano Ayan é extremamente positiva, principalmente desde novembro de 2014”, escreveu o Ceticismo Político.
Na postagem, o site diz ainda que Luciano Ayan faz parte da equipe de administradores do Ceticismo Político. “Existe o perfil Luciano Henrique Ayan, para o qual foi criada há tempos a página de Facebook Luciano Ayan. A página de Facebook Luciano Ayan publica conteúdo do site Ceticismo Político, que é administrado por uma equipe, entre os quais se inclui o próprio Ayan (que já não administra o site desde meados de 2017)”, diz o novo texto.
Vale ressaltar que o Ceticismo Político é um site administrado por Luciano Henrique Ayan — não há fotos de Ayan nem referências a esse nome em bancos de dados públicos.
Brasil 247