Maria Rita e Macumbia abrem Extremo Cultural neste sábado
Detentora de sete prêmios Grammy Latino e com dois milhões de álbuns vendidos, Maria Rita abre o Extremo Cultural – Onde o Som Toca Pimeiro, neste sábado (10), no Busto de Tamandaré, em Tambaú. A herdeira da mais definitiva intérprete da música brasileira cantará sucessos de 13 anos de carreira e sambas do sexto CD, “Coração a Batucar”. O show será aberto às 20h pelo coletivo Macumbia, que traz a sonoridade efervescente da latinidade, em caribó, salsa e cumbia.
Em “Coração a Batucar”, “um quase ao vivo em estúdio”, como define, Maria Rita abriu mão do perfeccionismo para apostar na naturalidade. “Estava cansada dessa busca pela perfeição, do rigor frio do esteticamente perfeito”, defende. “Queria a naturalidade da voz, a emoção e a alegria de estar no corpo a corpo com os meus músicos”, justifica. Os arranjos foram conduzidos por Jota Moraes e ela conta com a parceria do marido no disco, o guitarrista Davi Moraes.
Maria Rita começou a cantar profissionalmente aos 24 anos. Seu primeiro disco, “Maria Rita”, lançado em 2003, vendeu mais de um milhão de cópias em todo o mundo e foi superincensado. A cantora aprendeu música de forma instintiva, sem uma instrução musical formal. Apesar disso, mais tarde, já profissional, tomou aulas de canto para aperfeiçoar sua técnica e respiração, porque depois dos shows estava ficando rouca.
Em 2005, o sucesso mundial de “Segundo” lhe rendeu dois Grammys Latinos, de melhor álbum de MPB e melhor canção brasileira, com “Caminho das Águas”. Foi o desbravamento definitivo da cantora pelo cenário internacional. Em 2007, “Samba Meu”, teve lançamento simultâneo nos Estados Unidos, América Latina, México, Portugal, Israel e Reino Unido e outro Grammy – desta vez de melhor CD de samba, em 2008.
Maria Rita gravou o quarto álbum de sua carreira, “Elo”, em 2011. Um ano depois, marco de 30 anos da morte de Elis, a cantora fez uma série de homenagens à mãe com a turnê “Viva Elis” e shows por várias capitais. O acolhimento rendeu mais um CD e DVD, “Redescobrir”, desta vez pela Universal Music, que ganhou o Grammy Latino de melhor álbum de música popular brasileira. Em 2014, Maria Rita lança o sexto álbum de sua carreira, “Coração a batucar”. Produzido pela própria cantora, com arranjos de Jota Moraes, o álbum tem músicas inéditas de Noca da Portela, Arlindo Cruz, Xande de Pilares e Joyce e uma versão do clássico “Saco Cheio” de Almir Guineto.
“Você se achar no mundo é uma tarefa muito difícil”, diz a jovem que se formou em comunicação social e estudos latino-americanos nos EUA. “Encaro a vida como um grande processo feito de vários pequenos processos no caminho. Sempre quis cantar. Mas a questão não era querer. Era por quê. Não gosto de fazer nada sem ter um porquê. Fica mais fácil quando você tem um objetivo, uma meta. O motivo passou a existir quando percebi que ficaria louca se não cantasse”, afirma.
Macumbia – A banda nasceu em 2012 com a proposta de abordar o cotidiano problemático e ao mesmo tempo festivo dos povos latinos. Um ano depois, lançou o primeiro álbum, “Chuta que é Macumbia”, e agora finaliza o seu segundo, “Carne Latina” (com lançamento previsto para o fim do mês), com a mesma proposta explosiva de salsa, carimbó, brega e cumbia.
O grupo é um híbrido sonoro que começa pela nacionalidade de seus dez integrantes: brasileira, americana e venezuelana. ‘“Macumbiero” significa juntar os povos latinos por meio da música, com a descoberta de novos timbres e atmosferas sonoras”, define o seu vocalista, Erik Martinez.
Do atual trabalho entram as faixas “Deixa Ela Dançar”, “Passito de Ecuerna Vaca” e “Parahyba”, que homenageia o compositor Pinduca. Do primeiro, as dançantes “Milonga”, “Baia de la Traicion”, “Baila me Cumbia” e “Cidadela”. “A nossa inspiração gira em torno dos problemas do dia a dia: ciúmes, decepções amorosas, desenganos…”, cita o baixista Rafael Faria. A pesada artilharia percussiva e de metais garante a marcação que é a cara dos ritmos hispanícos, num cruzamento permitido entre Carlos Santana e Luiz Gonzaga: “Somos a união dos elementos musicais nordestinos, fronteiriços e da América Central. Esperamos receber do público a mesma vibração que impomos em nossa música”, anseia Rafael.
Programação:
Palco Principal (Busto de Tamandaré):
10/01
20h: Banda Macumbia
22h: Maria Rita
17/01
20h: AbradOs Zoio
22h: Seu Jorge
24/01
20h – Val Donato e Os Cabeças
22h – RPM
31/01
20h – Mirandinha e Pura Raiz
22h – Grupo Revelação
Cultura popular (no Largo da Gameleira, em Tambaú):
10/01
17h – Cavalo Marinho Infantil Sementes do Mestre João do Boi
18h30 – Samba de Roda da Escola de Capoeira Afro Nagô
17/01
17h – Emboladoras Lindalva e Teresinha
18h30 – Afoxé Liberdade Negra
24/01
17h – Lapinha Jesus de Nazaré
18h30 – Ciranda do Sol do Mestre Mané Baixinho
31/01
17h – Boi de Reis Estrela do Norte do Mestre Pirralhinho
18h30 – Maculelê da Capoeira Angola Comunidade
Diário PB com assessoria