SEGURANÇA

Maria da Penha receberá proteção do estado após ameaças de grupos extremistas

Foto: Internet

Maria da Penha, símbolo da luta contra a violência doméstica no Brasil, será protegida pelo Estado após sofrer ameaças de grupos da extrema direita e de comunidades digitais que promovem ódio às mulheres. A casa de Maria da Penha será transformada em um memorial, servindo como referência no combate à violência de gênero.

Nos últimos tempos, Maria da Penha tem sido alvo de uma série de ataques promovidos por grupos da extrema direita, conhecidos como “red pills” e “masculinistas”. Esses grupos se reúnem em plataformas digitais, disseminando discursos de ódio e promovendo o descrédito da palavra das mulheres através de fake news e mentiras. O objetivo é minar as conquistas feministas e fortalecer uma ideologia misógina.

Maria da Penha Maia Fernandes é uma das figuras mais importantes no combate à violência doméstica no Brasil. Em 1983, ela sofreu uma tentativa de homicídio pelo então marido, o que a deixou paraplégica. A sua luta por justiça culminou na criação da Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, que estabelece medidas para proteger mulheres da violência doméstica e punir agressores.

Diante das ameaças, o governo brasileiro decidiu oferecer proteção a Maria da Penha. Medidas de segurança serão implementadas para garantir a integridade física dela. Além disso, a casa onde vive será transformada em um memorial. Este espaço será dedicado à memória de sua luta e à conscientização sobre a violência doméstica, servindo como um ponto de referência para campanhas educativas e iniciativas de combate à violência contra a mulher.

A proteção a Maria da Penha e a criação do memorial foram bem recebidas por diversos setores da sociedade civil. Organizações feministas e de direitos humanos expressaram apoio à decisão, destacando a importância de proteger figuras que simbolizam a resistência contra a violência e a opressão.

Entretanto, as ameaças também evidenciam um preocupante aumento no discurso de ódio e na violência digital contra mulheres e defensores dos direitos humanos. A luta contra a misoginia e o machismo estrutural continua a ser um desafio significativo no Brasil.

A proteção estatal a Maria da Penha e a transformação de sua casa em um memorial são passos importantes para a valorização de sua luta e para o combate à violência contra a mulher. Ao mesmo tempo, a sociedade deve permanecer vigilante e atuante contra a propagação de discursos de ódio que ameaçam os direitos conquistados e a segurança das mulheres. A história de Maria da Penha continua a ser uma fonte de inspiração e uma lembrança constante da necessidade de resistência e ação contínua contra a violência de gênero.

Por Sérgio Ricardo

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Redação DiárioPB

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