Marcelo Soares se prepara para oferecer oficinas de xilo
Artista destaca importância de despertar a arte na juventude
O gravador, artista visual, xilogravurista Marcelo Soares está se preparando para oferecer novas oficinas, com foco em faixas etárias da infância e juventude. Depois de enfrentar um grave problema de saúde, o artista pernambucano radicado em João Pessoa, pretende iniciar um processo de transmissão de sua arte e de suas técnicas para as novas gerações.
A arte e a qualidade do trabalho de Soares é reconhecida de Istambul ao Porto. Algumas das imagens que ele criou motivam acontecimentos em diversas áreas, desde eventos do campo da Agronomia até as paredes mais antenadas e requintadas de Boa Viagem.
Esse artista é um dos poucos que conseguiram captar e transmitir em seus quadros algo do essencial da cultura do Nordeste. Dos tocadores de pífano às baianas de Salvador. Mas Marcelo ultrapassa a estética gravurista convencional. Suas representações são cheias, são redondas, são fartas.
Marcelo é uma espécie de Emanoel Araújo da Paraíba. Um Gilvan Samico. Dono de um traço único e inovador na arte da xilo.
Depois de atravessar um momento desafiador de saúde, Marcelo inicia a caminhada de retorno às atividades do ofício. “É preciso motivar a juventude, as crianças para as coisas da arte”, diz o cordelista, membro da Academia de Cordel do Vale do Paraíba (ACVPB).
Do seu ateliê, encravado no coração comercial de Mangabeira, na capital paraibana, Marcelo Soares continua a observar o cotidiano da vida comum. Da luta dos ambulantes por sobrevivência. Dos guardadores de carros no passeio público. Das moças vendedoras nas portas das lojas de roupa e óticas.