Manoel Cirne é revelação do chorinho paraibano e será a atração do Sabadinho Bom
Com apenas 17 anos de idade, o bandolinista campinense Manoel Cirne é aposta de um gênero improvável para a sua pouca idade. Ele será atração desta edição do dia 28 do Sabadinho Bom com uma seleção de medalhões do gênero na Praça Rio Branco, com o violonista Felipe Hauers abrindo a programação, às 11h30. O projeto é uma realização da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), através da sua Fundação Cultural (Funjope).
Manoel vai trazer uma seleção de músicas de Severino Araújo, Waldir Azevedo, Ernesto Nazareth, Pixinguinha, Zequinha de Abreu e, especialmente, Jacob do Bandolim, a quem o estudante campinense do último ano do Ensino Médio devota especial admiração.
“Não pretendo seguir carreira profissional na música, e sim tocar como hobby”, declara ele, que continua cavando espaços num cenário cada vez mais restrito para este estilo. “Espaços de culto ao choro, praticamente só resta o Sabadinho Bom na Paraíba”, lamenta. Manoel estreou solando no projeto com apenas 14 anos e hoje também domina o cavaquinho.
Aos 5 anos, o menino começava o contato com a música, ao ganhar do pai uma minibateria. “Meus pais me observavam tamborilar pelos cantos com garfo e faca e resolveram que, ao contrário do resto da família, eu levava jeito para a música”, lembra. Dois anos depois, trocou o instrumento percussivo por outro de cordas – o bandolim. Depois de ingressar na Escola de Música, passou a frequentar as rodas de chorinho de Campina Grande, com especial atenção para a de Duduta, aos domingos. “Hoje, tenho o prazer de tocar ao lado dele”, orgulha-se.
Felipe Hauers – O carioca Felipe Hauers vai impor uma releitura de clássicos e inéditas do samba e choro, num desfile pelos vários sotaques da música popular brasileira. Nascido na Lapa e pesquisador da música, ele dá sequência na Universidade Federal da Paraíba aos estudos em canto popular que começou no Rio. Para este show, ele mergulhará nas obras de Cartola, Paulinho da Viola, Paulo César Pinheiro e Chico Buarque.
Secom/JP