Manifestações contra “PL do estupro” ganham as ruas no país
Os protestos foram convocados pela Frente Nacional Contra a Criminalização das Mulheres e Pela Legalização do Aborto
A aprovação na quarta-feira (12) do regime de urgência na tramitação do Projeto de Lei (PL) 1.904/24, que equipara o aborto ao crime de homicídio, levou a manifestações em várias partes do país nesta quinta-feira (13).
O texto prevê que abortos realizados após 22 semanas de gestação seriam considerados homicídio. A medida se aplicaria mesmo que a mulher fosse vítima de estupro. O mérito na matéria, no entanto, ainda não chegou a ser analisado pelos parlamentares.
As manifestações ocorreram em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus e Recife. Os protestos foram convocados pela Frente Nacional Contra a Criminalização das Mulheres e Pela Legalização do Aborto, informa o Metrópoles.
Em discurso durante o protesto no Rio de Janeiro, a vereadora Luciana Boiteux (PSol- RJ) reforçou que “Criança não é mãe, estuprador não é pai”.
Em São Paulo, manifestantes se reuniram na Avenida Paulista. As mulheres eram maioria entre os manifestantes. Em Brasília, um grupo se reuniu no início da noite desta quinta em frente ao Museu Nacional, na Esplanada dos Ministérios, para protestar contra o andamento da proposta. Com cartazes, gritos de guerra e discursos, mulheres manifestaram indignação com a proposta.
A manifestação, formada em grande parte por mulheres, contou com a presença de representantes de movimentos sociais.
Em Florianópolis, a concentração reuniu manifestantes na região central da cidade. O ato ocorreu no Terminal Integrado Central, no início da noite desta quinta-feira (13/6).
Além dos cartazes com palavras de ordem, muitas mulheres usavam um lenço verde, um símbolo da luta pela despenalização do aborto pelo mundo.
Brasil 247