GERAL
Mais de 600 mil cães e gatos devem ser vacinados contra raiva na PB
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde inicia neste sábado (17), às 9 h, o “Dia D”da 34ª Campanha de Vacinação contra a Raiva Animal (canina e felina), que acontecerá nos postos de saúde espalhados pelo Estado. A meta é imunizar 604.992 animais, sendo 413.079 cães e 191.913 gatos. A Campanha se estende por mais 30 dias, em todos os 223 municípios paraibanos.
“A raiva é uma das doenças mais estudadas em todo o mundo e, no entanto, não tem cura. A vacinação dos animais, especialmente cães e gatos, tem como foco, também, a proteção e promoção da saúde da população humana. É a única vacina animal preconizada e normatizada pelo Ministério da Saúde”, informou o chefe do Núcleo de Zoonoses da SES, Francisco de Assis.
Pelo oitavo ano consecutivo, será utilizada a Vacina de Cultivo Celular em cães e gatos. Este tipo de vacina tem uma melhor resposta imunológica, ação mais duradoura e faz parte do Plano de Eliminação da Raiva Humana transmitida por cães e gatos e do Programa Nacional de Imunização, protocolo assinado pelos países latinos, junto à Organização Mundial de Saúde (OMS).
“Devem ser vacinados todos os cães e gatos a partir de três meses de idade, em bom estado de saúde. Não há contra-indicação e essa é a única forma de evitar a infecção rábica em cães e gatos, principais focos da doença no ciclo urbano”, explicou Francisco.
O chefe do Núcleo de Zoonoses informou ainda que, anualmente, na Paraíba, são atendidas cerca de 9.500 pessoas envolvidas em acidentes com animais. “Os cães respondem a 80% dos casos de acidentes e, por isso, salientamos a importância de manter os animais imunizados. Desta maneira, consequentemente, o ser humano também estará protegido da doença”.
Francisco de Assis orientou, ainda, que os cães e gatos vacinados pela primeira vez, independente da idade, devem receber uma dose de reforço após 30 dias. “Através de campanhas de rotina e de intensificação de vacinação, nota-se uma diminuição progressiva no número de casos de raiva em animais e ausência de casos de raiva humana transmitida por cães nos últimos 17 anos. O Dia D é 17 de setembro, mas os animais podem ser imunizados durante o ano inteiro. Quanto mais rápido o animal for protegido, melhor para o bem estar dele e da família”, alertou.
Cobertura vacinal – Nos últimos dois anos, a Paraíba superou a meta de vacinação, que corresponde a 80% da população canina e felina estimada no Estado. Em 2014, foram vacinados 90,1% dos animais. Já em 2015, 85% dos animais foram vacinados.
A raiva – É uma doença infecciosa aguda, de etiologia viral, transmitida ao homem por meio de mordeduras, arranhaduras, lambedura de mucosas ou pele lesionada por animais raivosos, provocando uma encefalite viral aguda. A doença acomete o Sistema Nervoso Central, levando a óbito em curto espaço de tempo. É letal em aproximadamente 100% dos casos, por ser causada por um vírus mortal, tanto para os homens quanto para os animais. A única forma de evitá-la é a vacinação dos animais.
A raiva apresenta quatro ciclos de transmissão: no ciclo rural tem como principais transmissores os bovinos, caprinos, suínos, ovinos e equídeos; no ciclo silvestre, as raposas, guaxinins, macacos e roedores têm maior destaque na transmissão da doença; no ciclo aéreo, os morcegos representam maior perigo e no ciclo urbano os principais responsáveis pela manutenção do vírus rábico são os cães e gatos.
Os sintomas da raiva são característicos e variam no animal e no ser humano. O animal geralmente apresenta dificuldade para engolir, salivação abundante, mudança de comportamento, mudança de hábitos alimentares e paralisia das patas traseiras.
Nos cães, especificamente, o latido torna-se diferente do normal, parecendo um “uivo rouco”, e os morcegos, com a mudança de hábito, podem ser encontrados durante o dia, em hora e locais não habituais.
Já nos seres humanos, no início, os sintomas são característicos: transformação de caráter, inquietude, perturbação do sono, sonhos tenebrosos; aparecem alterações na sensibilidade, queimação, formigamento e dor no local da mordedura. Essas alterações duram de dois a quatro dias. Posteriormente, instala-se um quadro de alucinações, acompanhado de febre; inicia-se o período de estado da doença, por dois a três dias, com medo de correntes de ar e de água, de intensidade variável. Surgem crises convulsivas periódicas.
Mais informações podem ser obtidas no telefone (083) 3218- 7455/7491 e nos municípios ou Gerências Regionais de Saúde.
DPB com Assessoria