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Lula critica falta de ação do Conselho de Segurança da ONU para garantir paz no Oriente Médio

Durante visita ao México nesta terça-feira (1), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duras críticas à atuação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) diante dos ataques de Israel a outros países no Oriente Médio que levaram a uma escalada do conflito na região.

“É inexplicável que o conselho da ONU não tenha autoridade moral e política de fazer com que Israel sente numa mesa para conversar ao invés de só saber matar”, disse o presidente brasileiro, de acordo com o UOL, destacando sua insatisfação com a ausência de uma postura firme da ONU frente aos conflitos.

Lula tem se posicionado de forma crítica em relação às ações do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e, mais recentemente, intensificou o tom com os ataques de Israel ao Líbano. O conflito na região tem mobilizado uma grande quantidade de brasileiros que vivem no Líbano, com cerca de 3.000 já pedindo ajuda para deixar o país, segundo o governo brasileiro.

Estima-se que aproximadamente 20 mil brasileiros residam no Líbano, o que eleva a preocupação do Itamaraty. No ano passado, o governo já havia organizado uma operação de retirada de brasileiros da Faixa de Gaza, após o início de outro conflito.

A escalada do conflito já alcançou proporções regionais. Nesta terça-feira (1), o Irã iniciou uma série de ataques com mísseis contra Israel, disparando cerca de 100 mísseis em duas ondas, com uma diferença de dez minutos entre os lançamentos.

Em resposta à crise de confiança nas instituições internacionais, Lula propôs a realização de uma conferência para revisar o estatuto da ONU, uma iniciativa mencionada durante o recente encontro do G20, em Nova York. A proposta envolve a convocação de uma conferência constituinte com base no artigo 109 da Carta da ONU, de 1945.

O objetivo seria revisar a composição e o funcionamento do Conselho de Segurança, uma pauta que Lula defende há tempos como necessária para refletir a atual realidade global.

Para que a revisão do estatuto seja aprovada, é necessário o apoio de dois terços dos 193 países integrantes da ONU, além de nove votos favoráveis do Conselho de Segurança. Nesta proposta, o poder de veto dos cinco membros permanentes não poderia ser utilizado, o que poderia abrir caminho para uma reforma significativa, incluindo a ampliação do número de membros permanentes do conselho.

Brasil 247

Redação DiárioPB

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