lon Musk anuncia que vai cobrar pelo uso da rede X
Bilionário, além de desrespeitar o judiciário brasileiro, caminha a passos largos para pôr fim no antigo Twitter
A rede X, antigo Twitter, caminha para o seu fim. Ao menos não voltará a ser como era antes. É o que indica anúncio feito nesta segunda-feira (15) por Elon Musk, dono da empresa.
Segundo o bilionário, que vêm promovendo ataques ao judiciário brasileiro por conta das ordens de suspensão e bloqueio de contas de pessoas que desrespeitam a legislação, a rede X passará a cobrar uma “pequena taxa” anual para que novos usuários possam publicar, curtir e salvar conteúdos. Isto é, a rede social não será mais gratuita.
O anúncio veio em resposta à publicação de um perfil que faz atualizações nas políticas internas do X. “ESPECULAÇÃO: X pode estar expandindo sua política para cobrar de novos usuários antes que eles respondam/curtam/marquem uma postagem”, diz o informe. Elon Musk, então, respondeu, confirmando que, de fato, a medida deve ser adotada em breve. Segundo o bilionário, a ideia seria combater perfis falsos e spam. “Infelizmente, uma pequena taxa para acesso de gravação de novos usuários é a única maneira de conter o ataque implacável de bots”, escreveu o bilionário.
X de Elon Musk intimado nos EUA
No último final de semana a queda de braço entre Elon Musk, o bilionário dono do X (antigo Twitter), e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, ganhou mais um episódio internacional. O Comitê Judiciário da Câmara dos Deputados dos EUA pediu para que a X Corp, gestora da plataforma naquele país, entregasse os conteúdos dos e-mails trocados entre o escritório brasileiro do X e o STF.
Divulgados a partir de 3 de abril pelo jornalista de extrema direita Michael Shellenberger, essas trocas de e-mail ganharam a alcunha de “Twitter Files Brazil”. Nos dias subsequentes ao início da divulgação, que contou com fake news do autor e acusações de que Moraes estaria ‘censurando’ bolsonaristas, Elon Musk resolveu entrar na jogada.
Fez postagens afirmando que não cumpriria decisões do STF e que recolocaria no ar uma série de perfis retirados por ordem judicial. No fim das contas, tudo o que conseguiu foi ser incluído no inquérito das milícias digitais.
Nesta segunda-feira (15), a X Corp confirmou que atendeu ao pedido da Câmara dos Deputados dos EUA e enviou um parecer à mesma. A plataforma, ao contrário das insinuações de que não cumpriria decisões no Brasil, respondeu prontamente aos parlamentares americanos. Do lado de cá da linha do Equador, os advogados do escritório brasileiro do X repassaram o parecer a Moraes, que o incluiu no inquérito.
“A X Corp foi formalmente intimada pelo Comitê Judiciário da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos a fornecer informações sobre as ordens do Supremo Tribunal Federal do Brasil em relação à moderação de conteúdo. Para cumprir suas obrigações de acordo com a legislação dos EUA, a X Corp respondeu ao Comitê”, diz a publicação do X Corp.
O bilionário Elon Musk, que além do X também é dono da Tesla, da SpaceX e mantém negócios com mineradoras, comentou o episódio no seu perfil. Em frase confusa, diz que Moraes estaria obrigando sua plataforma a ‘participar de corrupção’ para violar leis brasileiras. O texto da a entender que o Comitê Judiciário da Câmara dos Deputados dos EUA estaria fazendo o ‘jogo do Xandão’ contra Musk e os seus negócios.
“As leis dos Estados Unidos impedem o X de participar de corrupção que viole as leis de outros países, que é o que Alexandre de Moraes está exigindo que façamos”, escreveu Elon Musk.
Revista Fórum