Livro sobre Raul Seixas é lançado dentro do 14º Fest Aruanda
Para contar como um garoto classe média de Salvador e fã de Elvis Presley se transformou em Raul Seixas, um dos maiores ícones da cultura pop brasileira, o crítico musical Jotabê Medeiros usou o seu faro de repórter e o seu tino de ensaísta e remontou, peça por peça, a cena cultural vibrante na qual surgiu o lendário artista. O esmiuçado trabalho rendeu o livro “Raul Seixas – Não diga que a canção está perdida” (Todavia, 2019), que Jotabê lança na próxima terça-feira (3), dentro da programação do 14º Festival Aruanda do Audiovisual Brasileiro. O lançamento será na Sala 9 do Cinépolis Manaíra Shopping, a partir das 17h30.
No livro, Jotabê mostra como o jovem sonhador, depois de “passar fome por dois anos na cidade maravilhosa”, conquista as gravadoras e o grande público e se torna responsável por versos que se confundem com a contracultura dos anos 1970, em músicas inesquecíveis. O artista que emerge dessas páginas pertence a um tipo particular de criador, capaz de imaginar, compor, atuar com líder de banda e, ainda, finalizar tecnologicamente o produto de sua criação. Em 44 anos de vida, Raul Seixas deixou 312 canções registradas como composições suas, em gêneros tão distintos como tango, country, baião, samba, acid rock, iê-iê-iê, marchinha, forró, folk, braga, xote, xaxado e balada.
Jotabê Medeiros tem três décadas de profissão e já passou pelas redações da CNT/Gazeta, Veja São Paulo, Folha de S. Paulo e O Estado de São Paulo. Nascido em 1962, na Paraíba, ele também biografou outro grande nome da música brasileira, o cearense Belchior, no cultuado “Belchior – Apenas um rapaz latino-americano” (Todavia, 2017). Agora, apresenta a primeira biografia de Raul à altura de sua importância. O jornalista também participa de um debate sobre o filme de encerramento do festival, “O Barato de Iacanga”, de Thiago Mattar, no dia 5, no Hotel Aram Beach & Convention, às 10h.